Proteinograma do líquido cefalorraquidiano e do sôro sangüíneo na mielose funicular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Spina-França,A.
Data de Publicação: 1962
Outros Autores: Canelas,Horácio M.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1962000300002
Resumo: O presente estudo compreende a análise do proteinograma do LCR de 14 pacientes portadores de mielose funicular; em 12 foi feito também o estudo do proteinograma do sôro. Os resultados foram analisados e relacionados a outros aspectos dos casos estudados, como o tempo de duração da doença, a intensidade da sintomatologia neurológica, as alterações hematológicas e a capacidade de absorção da radiocianocobalamina. O proteinograma do LCR era do tipo liquórico propriamente dito, apresentando como particularidade o aumento do teor de β-globulina, o qual é descrito como representativo das afecções de tipo degenerativo do SNC. No soro a principal modificação verificada foi a presença da fração intermediária entre as globulinas β e γ, fato anteriormente assinalado por Furtado. A análise estatística permitiu verificar que havia estreita correlação entre o teor de β-globulina no LCR e a intensidade do quadro neurológico. O teor liquórico de β-globulina parece estar vinculado ao predomínio da lesão central sôbre a periférica, predomínio que se correlaciona ao déficit de absorção de vitamina B12. O teor de β-globulina no LCR mostrou-se também proporcional à deficiência de fator intrínseco no suco gástrico. Por outro lado, a elevação do teor dessa fração proteica no LCR mostrou-se inversamente proporcional à absorção intestinal de vitamina B12. O aumento de β-globulina no LCR parece, por isso, refletir mais de perto o acometimento do sistema nervoso central na verdadeira moléstia de AddisonBiermer. Nos casos em que não havia déficit do fator intrínseco o teor dessa globulina no LCR motrava-se mais próximo da normalidade.
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