Influência dos níveis de prolactina e tamanho tumoral na função hipofisária pós-operatória em macroadenomas hipofisários clinicamente não-funcionantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca,Ana Luiza Vidal
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Chimelli,Leila, Santos,Mario José C. Felippe, Santos,Alair Augusto S.M. Damas dos, Violante,Alice Helena Dutra
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2002000400014
Resumo: OBJETIVO: Estudar a influência da hiperprolactinemia e de tamanho tumoral na função hipofisária em macroadenomas hipofisários clinicamente não funcionantes. MÉTODOS: Foram analisados 23 pacientes com macroadenomas hipofisários clinicamente não funcionantes, com exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) e dosagens hormonais basais; 16 tinham provas de função hipotálamo-hipofisária (megateste) pré-operatórios. Todos os tumores tiveram diagnóstico histológico e em 17 foi realizado também estudo imuno-histoquímico para os hormônios adeno-hipofisários. A análise estatística foi feita por meio dos testes t de Student, qui-quadrado, exato de Fisher e de Mc Neman. O nível de significância adotado foi 5% (p<0,05). RESULTADOS: O diâmetro tumoral variou de 1,1 a 4,7 cm (média=2,99 cm ± 1,04). No pré-operatório, 5 (21,7%) pacientes não apresentaram déficit hormonal laboratorial, 9 (39,1%) desenvolveram hiperprolactinemia, 13 (56,5%) níveis normais de prolactina (PRL) e 1 (4,3%) subnormal; 18 (78,3%) pacientes desenvolveram hipopituitarismo (4 pan-hipopituitarismo). Dezenove pacientes (82,6%) foram submetidos a via de acesso transesfenoidal, 3 (13%) a craniotomia e 1 (4,4%) ao acesso combinado. Somente 6 pacientes tiveram ressecção tumoral total. Dos 17 submetidos a estudo imuno-histoquímicos, 5 tumores eram imunonegativos, 1 misto, 1 LH+, 1 FSH +, 1 sub-unidade alfa e 8 apresentaram imunorreatividade focal ou em células isoladas para um dos hormônios adeno-hipofisários ou sub-unidades; dos outros seis tumores, 5 eram cromófobos e 1 cromófobo/acidófilo. Não houve correlação estatisticamente significativa entre o diâmetro tumoral e os níveis de PRL pré-operatória (p=0,82), nem entre tamanho tumoral e o estado hormonal pós-operatório, exceto nos eixos GH e gonadotrófico. Foi observada significância estatística entre o tamanho tumoral e o estado hormonal pré-operatório (exceto no eixo gonadal); entre níveis normais de PRL, associados a discreta ou a nenhuma disfunção hipofisária pré-operatória, e recuperação da função hipofisária pós-operatória. CONCLUSÃO: A hiperprolactinemia e tamanho tumoral pré-operatórios isolados não foram preditivos para a recuperação da função hipofisária pós-operatória.
id ABNEURO-1_b0e0f63dbb9273229de356c5028d8d03
oai_identifier_str oai:scielo:S0004-282X2002000400014
network_acronym_str ABNEURO-1
network_name_str Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
repository_id_str
spelling Influência dos níveis de prolactina e tamanho tumoral na função hipofisária pós-operatória em macroadenomas hipofisários clinicamente não-funcionantesglândula pituitáriaadenomashiperprolactinemiahipopituitarismoOBJETIVO: Estudar a influência da hiperprolactinemia e de tamanho tumoral na função hipofisária em macroadenomas hipofisários clinicamente não funcionantes. MÉTODOS: Foram analisados 23 pacientes com macroadenomas hipofisários clinicamente não funcionantes, com exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) e dosagens hormonais basais; 16 tinham provas de função hipotálamo-hipofisária (megateste) pré-operatórios. Todos os tumores tiveram diagnóstico histológico e em 17 foi realizado também estudo imuno-histoquímico para os hormônios adeno-hipofisários. A análise estatística foi feita por meio dos testes t de Student, qui-quadrado, exato de Fisher e de Mc Neman. O nível de significância adotado foi 5% (p<0,05). RESULTADOS: O diâmetro tumoral variou de 1,1 a 4,7 cm (média=2,99 cm ± 1,04). No pré-operatório, 5 (21,7%) pacientes não apresentaram déficit hormonal laboratorial, 9 (39,1%) desenvolveram hiperprolactinemia, 13 (56,5%) níveis normais de prolactina (PRL) e 1 (4,3%) subnormal; 18 (78,3%) pacientes desenvolveram hipopituitarismo (4 pan-hipopituitarismo). Dezenove pacientes (82,6%) foram submetidos a via de acesso transesfenoidal, 3 (13%) a craniotomia e 1 (4,4%) ao acesso combinado. Somente 6 pacientes tiveram ressecção tumoral total. Dos 17 submetidos a estudo imuno-histoquímicos, 5 tumores eram imunonegativos, 1 misto, 1 LH+, 1 FSH +, 1 sub-unidade alfa e 8 apresentaram imunorreatividade focal ou em células isoladas para um dos hormônios adeno-hipofisários ou sub-unidades; dos outros seis tumores, 5 eram cromófobos e 1 cromófobo/acidófilo. Não houve correlação estatisticamente significativa entre o diâmetro tumoral e os níveis de PRL pré-operatória (p=0,82), nem entre tamanho tumoral e o estado hormonal pós-operatório, exceto nos eixos GH e gonadotrófico. Foi observada significância estatística entre o tamanho tumoral e o estado hormonal pré-operatório (exceto no eixo gonadal); entre níveis normais de PRL, associados a discreta ou a nenhuma disfunção hipofisária pré-operatória, e recuperação da função hipofisária pós-operatória. CONCLUSÃO: A hiperprolactinemia e tamanho tumoral pré-operatórios isolados não foram preditivos para a recuperação da função hipofisária pós-operatória.Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO2002-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2002000400014Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.60 n.3A 2002reponame:Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)instname:Academia Brasileira de Neurologiainstacron:ABNEURO10.1590/S0004-282X2002000400014info:eu-repo/semantics/openAccessFonseca,Ana Luiza VidalChimelli,LeilaSantos,Mario José C. FelippeSantos,Alair Augusto S.M. Damas dosViolante,Alice Helena Dutrapor2002-09-10T00:00:00Zoai:scielo:S0004-282X2002000400014Revistahttp://www.scielo.br/anphttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista.arquivos@abneuro.org1678-42270004-282Xopendoar:2002-09-10T00:00Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) - Academia Brasileira de Neurologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Influência dos níveis de prolactina e tamanho tumoral na função hipofisária pós-operatória em macroadenomas hipofisários clinicamente não-funcionantes
title Influência dos níveis de prolactina e tamanho tumoral na função hipofisária pós-operatória em macroadenomas hipofisários clinicamente não-funcionantes
spellingShingle Influência dos níveis de prolactina e tamanho tumoral na função hipofisária pós-operatória em macroadenomas hipofisários clinicamente não-funcionantes
Fonseca,Ana Luiza Vidal
glândula pituitária
adenomas
hiperprolactinemia
hipopituitarismo
title_short Influência dos níveis de prolactina e tamanho tumoral na função hipofisária pós-operatória em macroadenomas hipofisários clinicamente não-funcionantes
title_full Influência dos níveis de prolactina e tamanho tumoral na função hipofisária pós-operatória em macroadenomas hipofisários clinicamente não-funcionantes
title_fullStr Influência dos níveis de prolactina e tamanho tumoral na função hipofisária pós-operatória em macroadenomas hipofisários clinicamente não-funcionantes
title_full_unstemmed Influência dos níveis de prolactina e tamanho tumoral na função hipofisária pós-operatória em macroadenomas hipofisários clinicamente não-funcionantes
title_sort Influência dos níveis de prolactina e tamanho tumoral na função hipofisária pós-operatória em macroadenomas hipofisários clinicamente não-funcionantes
author Fonseca,Ana Luiza Vidal
author_facet Fonseca,Ana Luiza Vidal
Chimelli,Leila
Santos,Mario José C. Felippe
Santos,Alair Augusto S.M. Damas dos
Violante,Alice Helena Dutra
author_role author
author2 Chimelli,Leila
Santos,Mario José C. Felippe
Santos,Alair Augusto S.M. Damas dos
Violante,Alice Helena Dutra
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Fonseca,Ana Luiza Vidal
Chimelli,Leila
Santos,Mario José C. Felippe
Santos,Alair Augusto S.M. Damas dos
Violante,Alice Helena Dutra
dc.subject.por.fl_str_mv glândula pituitária
adenomas
hiperprolactinemia
hipopituitarismo
topic glândula pituitária
adenomas
hiperprolactinemia
hipopituitarismo
description OBJETIVO: Estudar a influência da hiperprolactinemia e de tamanho tumoral na função hipofisária em macroadenomas hipofisários clinicamente não funcionantes. MÉTODOS: Foram analisados 23 pacientes com macroadenomas hipofisários clinicamente não funcionantes, com exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) e dosagens hormonais basais; 16 tinham provas de função hipotálamo-hipofisária (megateste) pré-operatórios. Todos os tumores tiveram diagnóstico histológico e em 17 foi realizado também estudo imuno-histoquímico para os hormônios adeno-hipofisários. A análise estatística foi feita por meio dos testes t de Student, qui-quadrado, exato de Fisher e de Mc Neman. O nível de significância adotado foi 5% (p<0,05). RESULTADOS: O diâmetro tumoral variou de 1,1 a 4,7 cm (média=2,99 cm ± 1,04). No pré-operatório, 5 (21,7%) pacientes não apresentaram déficit hormonal laboratorial, 9 (39,1%) desenvolveram hiperprolactinemia, 13 (56,5%) níveis normais de prolactina (PRL) e 1 (4,3%) subnormal; 18 (78,3%) pacientes desenvolveram hipopituitarismo (4 pan-hipopituitarismo). Dezenove pacientes (82,6%) foram submetidos a via de acesso transesfenoidal, 3 (13%) a craniotomia e 1 (4,4%) ao acesso combinado. Somente 6 pacientes tiveram ressecção tumoral total. Dos 17 submetidos a estudo imuno-histoquímicos, 5 tumores eram imunonegativos, 1 misto, 1 LH+, 1 FSH +, 1 sub-unidade alfa e 8 apresentaram imunorreatividade focal ou em células isoladas para um dos hormônios adeno-hipofisários ou sub-unidades; dos outros seis tumores, 5 eram cromófobos e 1 cromófobo/acidófilo. Não houve correlação estatisticamente significativa entre o diâmetro tumoral e os níveis de PRL pré-operatória (p=0,82), nem entre tamanho tumoral e o estado hormonal pós-operatório, exceto nos eixos GH e gonadotrófico. Foi observada significância estatística entre o tamanho tumoral e o estado hormonal pré-operatório (exceto no eixo gonadal); entre níveis normais de PRL, associados a discreta ou a nenhuma disfunção hipofisária pré-operatória, e recuperação da função hipofisária pós-operatória. CONCLUSÃO: A hiperprolactinemia e tamanho tumoral pré-operatórios isolados não foram preditivos para a recuperação da função hipofisária pós-operatória.
publishDate 2002
dc.date.none.fl_str_mv 2002-09-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2002000400014
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2002000400014
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0004-282X2002000400014
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO
publisher.none.fl_str_mv Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.60 n.3A 2002
reponame:Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
instname:Academia Brasileira de Neurologia
instacron:ABNEURO
instname_str Academia Brasileira de Neurologia
instacron_str ABNEURO
institution ABNEURO
reponame_str Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
collection Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) - Academia Brasileira de Neurologia
repository.mail.fl_str_mv ||revista.arquivos@abneuro.org
_version_ 1754212754496946176