Enterovírus isolados de pacientes com afecções do sistema nervoso
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1966 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1966000300007 |
Resumo: | Em 16 pacientes com afecções do sistema nervoso em que a etiologia a vírus não pôde ser excluída clínica ou laboratorialmente, foi feita a pesquisa de enterovirus nas fezes (3 casos), no LCR (5 casos) ou nas fezes e no LCR (8 casos). Não foram isolados enterovirus a partir das amostras de LCR. A partir das fezes foram isolados vírus em um caso de encefalite (vírus Coxsackie A-1), em um caso de meningencefalite (vírus Coxsackie A-1 e poliomielite tipo 3) e em um caso de meningomielite em que predominavam sinais de comprometimento do côrno anterior da medula (vírus poliomielite tipo 3). Como o paciente com meningencefalite apresentava um ano de idade e anteriormente ao início da doença recebera vacina Sabin, não se pôde excluir que nesse caso o poliovírus isolado esteja relacionado com a vacinação. Nos dois pacientes em que foi isolado vírus Coxsackie não foi possível fazer estudo da presença de anticorpos neutralizantes no sôro respectivo. Êste fato leva a que não seja possível concluir quanto à correlação existente entre a presença do vírus nas fezes e a etiologia do quadro neurológico dos pacientes. Apenas no paciente com meningomielite em cujas fezes foi isolado vírus poliomielite tipo 3 e em cujo sangue o título de anticorpos neutralizantes dêsse vírus era elevado foi possível relacionar, com maior segurança, o vírus isolado à etiologia do processo neurológico. Êsses dados representam orientação quanto a estudos futuros, permitindo sugerir que o estudo virológico deva ser feito precocemente e incluir o estudo concomitante de anticorpos neutralizantes no sôro. Por outro lado, o isolamento dos enterovirus referidos sugere que os estudos devam ser ampliados em nosso meio nesse sentido, incluindo também a pesquisa de outros tipos de vírus. |
id |
ABNEURO-1_f1d959d07d286b088eaa84113d15b729 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0004-282X1966000300007 |
network_acronym_str |
ABNEURO-1 |
network_name_str |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Enterovírus isolados de pacientes com afecções do sistema nervosoEm 16 pacientes com afecções do sistema nervoso em que a etiologia a vírus não pôde ser excluída clínica ou laboratorialmente, foi feita a pesquisa de enterovirus nas fezes (3 casos), no LCR (5 casos) ou nas fezes e no LCR (8 casos). Não foram isolados enterovirus a partir das amostras de LCR. A partir das fezes foram isolados vírus em um caso de encefalite (vírus Coxsackie A-1), em um caso de meningencefalite (vírus Coxsackie A-1 e poliomielite tipo 3) e em um caso de meningomielite em que predominavam sinais de comprometimento do côrno anterior da medula (vírus poliomielite tipo 3). Como o paciente com meningencefalite apresentava um ano de idade e anteriormente ao início da doença recebera vacina Sabin, não se pôde excluir que nesse caso o poliovírus isolado esteja relacionado com a vacinação. Nos dois pacientes em que foi isolado vírus Coxsackie não foi possível fazer estudo da presença de anticorpos neutralizantes no sôro respectivo. Êste fato leva a que não seja possível concluir quanto à correlação existente entre a presença do vírus nas fezes e a etiologia do quadro neurológico dos pacientes. Apenas no paciente com meningomielite em cujas fezes foi isolado vírus poliomielite tipo 3 e em cujo sangue o título de anticorpos neutralizantes dêsse vírus era elevado foi possível relacionar, com maior segurança, o vírus isolado à etiologia do processo neurológico. Êsses dados representam orientação quanto a estudos futuros, permitindo sugerir que o estudo virológico deva ser feito precocemente e incluir o estudo concomitante de anticorpos neutralizantes no sôro. Por outro lado, o isolamento dos enterovirus referidos sugere que os estudos devam ser ampliados em nosso meio nesse sentido, incluindo também a pesquisa de outros tipos de vírus.Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO1966-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1966000300007Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.24 n.3 1966reponame:Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)instname:Academia Brasileira de Neurologiainstacron:ABNEURO10.1590/S0004-282X1966000300007info:eu-repo/semantics/openAccessCarvalho,R. P. de SouzaSpina-França,A.por2013-08-14T00:00:00Zoai:scielo:S0004-282X1966000300007Revistahttp://www.scielo.br/anphttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista.arquivos@abneuro.org1678-42270004-282Xopendoar:2013-08-14T00:00Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) - Academia Brasileira de Neurologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Enterovírus isolados de pacientes com afecções do sistema nervoso |
title |
Enterovírus isolados de pacientes com afecções do sistema nervoso |
spellingShingle |
Enterovírus isolados de pacientes com afecções do sistema nervoso Carvalho,R. P. de Souza |
title_short |
Enterovírus isolados de pacientes com afecções do sistema nervoso |
title_full |
Enterovírus isolados de pacientes com afecções do sistema nervoso |
title_fullStr |
Enterovírus isolados de pacientes com afecções do sistema nervoso |
title_full_unstemmed |
Enterovírus isolados de pacientes com afecções do sistema nervoso |
title_sort |
Enterovírus isolados de pacientes com afecções do sistema nervoso |
author |
Carvalho,R. P. de Souza |
author_facet |
Carvalho,R. P. de Souza Spina-França,A. |
author_role |
author |
author2 |
Spina-França,A. |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Carvalho,R. P. de Souza Spina-França,A. |
description |
Em 16 pacientes com afecções do sistema nervoso em que a etiologia a vírus não pôde ser excluída clínica ou laboratorialmente, foi feita a pesquisa de enterovirus nas fezes (3 casos), no LCR (5 casos) ou nas fezes e no LCR (8 casos). Não foram isolados enterovirus a partir das amostras de LCR. A partir das fezes foram isolados vírus em um caso de encefalite (vírus Coxsackie A-1), em um caso de meningencefalite (vírus Coxsackie A-1 e poliomielite tipo 3) e em um caso de meningomielite em que predominavam sinais de comprometimento do côrno anterior da medula (vírus poliomielite tipo 3). Como o paciente com meningencefalite apresentava um ano de idade e anteriormente ao início da doença recebera vacina Sabin, não se pôde excluir que nesse caso o poliovírus isolado esteja relacionado com a vacinação. Nos dois pacientes em que foi isolado vírus Coxsackie não foi possível fazer estudo da presença de anticorpos neutralizantes no sôro respectivo. Êste fato leva a que não seja possível concluir quanto à correlação existente entre a presença do vírus nas fezes e a etiologia do quadro neurológico dos pacientes. Apenas no paciente com meningomielite em cujas fezes foi isolado vírus poliomielite tipo 3 e em cujo sangue o título de anticorpos neutralizantes dêsse vírus era elevado foi possível relacionar, com maior segurança, o vírus isolado à etiologia do processo neurológico. Êsses dados representam orientação quanto a estudos futuros, permitindo sugerir que o estudo virológico deva ser feito precocemente e incluir o estudo concomitante de anticorpos neutralizantes no sôro. Por outro lado, o isolamento dos enterovirus referidos sugere que os estudos devam ser ampliados em nosso meio nesse sentido, incluindo também a pesquisa de outros tipos de vírus. |
publishDate |
1966 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1966-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1966000300007 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1966000300007 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0004-282X1966000300007 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO |
publisher.none.fl_str_mv |
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.24 n.3 1966 reponame:Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) instname:Academia Brasileira de Neurologia instacron:ABNEURO |
instname_str |
Academia Brasileira de Neurologia |
instacron_str |
ABNEURO |
institution |
ABNEURO |
reponame_str |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
collection |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) - Academia Brasileira de Neurologia |
repository.mail.fl_str_mv |
||revista.arquivos@abneuro.org |
_version_ |
1754212742789595136 |