Polineuropatia urêmica: estudo clínico-eletroneurográfico de 33 casos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1979 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1979000400002 |
Resumo: | Neste estudo foram avaliados 33 pacientes com polineuropatia e insuficiência renal crônica. A idade dos pacientes variou entre 18 e 58 anos, sendo 26 do sexo masculino e 9 do feminino. Todos os pacientes apresentavam níveis de uréia acima de 100 mg/dl e creatinina acima de 5,0 mg/dl. 10 pacientes foram mantidos com hemodiálise crônica, 13 com diálise peritoneal semanal e 10 com tratamento clinico conservador (controles). Foram realizadas medidas da condução nervosa motora nos nervos mediano, ulnar e peroneiro em todos os pacientes, concomitante com a avaliação clínica. Os pacientes foram divididos em grupos, conforme a intensidade da neuropatia presente. Os sintomas mais freqüentes foram diminuição do senso de vibração, câimbras e hipoestesia distai para tacto. O nervo mais afetado foi o peroneiro (97,82%), seguido do mediano e ulnar. O procedimento dialítico alterou pouco a condução nervosa, quando as aferições eram realizadas antes e depois da mesma diálise. Não houve nenhuma diferença estatisticamente significante entre os grupos de hemodiálise e diálise peritoneal na avaliação clinica ou eletroneurográfica. Em 7 pacientes seguidos por vários anos, a condução nervosa manteve-se estável em dois, aumentou em dois e baixou em três, acompanhando a evolução dos sintomas. Nos três que pioraram, houve desenvolvimento paralelo de hiper-paratireoidismo secundário. Os autores concluem que o nervo peroneiro é o que melhores condições fornece para o seguimento e avaliação clinica dos pacientes com uremia, apresentando tendência para diminuir a condução nervosa, quando existe piora da sintomatologia, sem relação com o tipo de diálise empregado. |
id |
ABNEURO-1_ff3e4ddde602987db7524e97819b69a4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0004-282X1979000400002 |
network_acronym_str |
ABNEURO-1 |
network_name_str |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Polineuropatia urêmica: estudo clínico-eletroneurográfico de 33 casosNeste estudo foram avaliados 33 pacientes com polineuropatia e insuficiência renal crônica. A idade dos pacientes variou entre 18 e 58 anos, sendo 26 do sexo masculino e 9 do feminino. Todos os pacientes apresentavam níveis de uréia acima de 100 mg/dl e creatinina acima de 5,0 mg/dl. 10 pacientes foram mantidos com hemodiálise crônica, 13 com diálise peritoneal semanal e 10 com tratamento clinico conservador (controles). Foram realizadas medidas da condução nervosa motora nos nervos mediano, ulnar e peroneiro em todos os pacientes, concomitante com a avaliação clínica. Os pacientes foram divididos em grupos, conforme a intensidade da neuropatia presente. Os sintomas mais freqüentes foram diminuição do senso de vibração, câimbras e hipoestesia distai para tacto. O nervo mais afetado foi o peroneiro (97,82%), seguido do mediano e ulnar. O procedimento dialítico alterou pouco a condução nervosa, quando as aferições eram realizadas antes e depois da mesma diálise. Não houve nenhuma diferença estatisticamente significante entre os grupos de hemodiálise e diálise peritoneal na avaliação clinica ou eletroneurográfica. Em 7 pacientes seguidos por vários anos, a condução nervosa manteve-se estável em dois, aumentou em dois e baixou em três, acompanhando a evolução dos sintomas. Nos três que pioraram, houve desenvolvimento paralelo de hiper-paratireoidismo secundário. Os autores concluem que o nervo peroneiro é o que melhores condições fornece para o seguimento e avaliação clinica dos pacientes com uremia, apresentando tendência para diminuir a condução nervosa, quando existe piora da sintomatologia, sem relação com o tipo de diálise empregado.Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO1979-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1979000400002Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.37 n.4 1979reponame:Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)instname:Academia Brasileira de Neurologiainstacron:ABNEURO10.1590/S0004-282X1979000400002info:eu-repo/semantics/openAccessWerneck,Lineu CesarMulinari,Adyr SoaresLaffite,AugustoKesikowski,Luiz Borepor2012-08-22T00:00:00Zoai:scielo:S0004-282X1979000400002Revistahttp://www.scielo.br/anphttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista.arquivos@abneuro.org1678-42270004-282Xopendoar:2012-08-22T00:00Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) - Academia Brasileira de Neurologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Polineuropatia urêmica: estudo clínico-eletroneurográfico de 33 casos |
title |
Polineuropatia urêmica: estudo clínico-eletroneurográfico de 33 casos |
spellingShingle |
Polineuropatia urêmica: estudo clínico-eletroneurográfico de 33 casos Werneck,Lineu Cesar |
title_short |
Polineuropatia urêmica: estudo clínico-eletroneurográfico de 33 casos |
title_full |
Polineuropatia urêmica: estudo clínico-eletroneurográfico de 33 casos |
title_fullStr |
Polineuropatia urêmica: estudo clínico-eletroneurográfico de 33 casos |
title_full_unstemmed |
Polineuropatia urêmica: estudo clínico-eletroneurográfico de 33 casos |
title_sort |
Polineuropatia urêmica: estudo clínico-eletroneurográfico de 33 casos |
author |
Werneck,Lineu Cesar |
author_facet |
Werneck,Lineu Cesar Mulinari,Adyr Soares Laffite,Augusto Kesikowski,Luiz Bore |
author_role |
author |
author2 |
Mulinari,Adyr Soares Laffite,Augusto Kesikowski,Luiz Bore |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Werneck,Lineu Cesar Mulinari,Adyr Soares Laffite,Augusto Kesikowski,Luiz Bore |
description |
Neste estudo foram avaliados 33 pacientes com polineuropatia e insuficiência renal crônica. A idade dos pacientes variou entre 18 e 58 anos, sendo 26 do sexo masculino e 9 do feminino. Todos os pacientes apresentavam níveis de uréia acima de 100 mg/dl e creatinina acima de 5,0 mg/dl. 10 pacientes foram mantidos com hemodiálise crônica, 13 com diálise peritoneal semanal e 10 com tratamento clinico conservador (controles). Foram realizadas medidas da condução nervosa motora nos nervos mediano, ulnar e peroneiro em todos os pacientes, concomitante com a avaliação clínica. Os pacientes foram divididos em grupos, conforme a intensidade da neuropatia presente. Os sintomas mais freqüentes foram diminuição do senso de vibração, câimbras e hipoestesia distai para tacto. O nervo mais afetado foi o peroneiro (97,82%), seguido do mediano e ulnar. O procedimento dialítico alterou pouco a condução nervosa, quando as aferições eram realizadas antes e depois da mesma diálise. Não houve nenhuma diferença estatisticamente significante entre os grupos de hemodiálise e diálise peritoneal na avaliação clinica ou eletroneurográfica. Em 7 pacientes seguidos por vários anos, a condução nervosa manteve-se estável em dois, aumentou em dois e baixou em três, acompanhando a evolução dos sintomas. Nos três que pioraram, houve desenvolvimento paralelo de hiper-paratireoidismo secundário. Os autores concluem que o nervo peroneiro é o que melhores condições fornece para o seguimento e avaliação clinica dos pacientes com uremia, apresentando tendência para diminuir a condução nervosa, quando existe piora da sintomatologia, sem relação com o tipo de diálise empregado. |
publishDate |
1979 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1979-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1979000400002 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1979000400002 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0004-282X1979000400002 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO |
publisher.none.fl_str_mv |
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.37 n.4 1979 reponame:Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) instname:Academia Brasileira de Neurologia instacron:ABNEURO |
instname_str |
Academia Brasileira de Neurologia |
instacron_str |
ABNEURO |
institution |
ABNEURO |
reponame_str |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
collection |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) - Academia Brasileira de Neurologia |
repository.mail.fl_str_mv |
||revista.arquivos@abneuro.org |
_version_ |
1754212744780840960 |