As variações regionais do epitélio oral interferem na graduação das displasias epiteliais orais pelo sistema OMS? Uma revisão da literatura
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Odontologia |
Texto Completo: | https://revista.aborj.org.br/index.php/rbo/article/view/1657 |
Resumo: | Objetivo: através de uma revisão narrativa, avaliar o sistema de graduação das displasias epiteliais orais (DEO) proposto e preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), considerando seus critérios para determinação, os desafios amplamente relatados pela literatura e as características específicas do epitélio oral que podem interferir neste processo. Resultados: em 2017, o sistema de graduação proposto pela OMS manteve sua classificação com base no número de terços do epitélio envolvidos por atipias na definição do grau de DEO. Contudo, sabe-se que na cavidade oral os diferentes subsítios apresentam grande variação na espessura epitelial e a diferenciação entre camadas não é precisa, dificultando a distinção entre a as camadas normais e anormais. Diversos trabalhos descreveram as características individuais das DEOs correlacionando-as com o diagnóstico e a transformação maligna, mas poucos relacionaram com o local e reprodutibilidade. Encontramos maiores valores de concordância e reprodutibilidade em análises de lesões com displasia intensa, já que há envolvimento total do epitélio, porém com desempenho insatisfatório em lesões com menor envolvimento atípico. Nenhum deles foi comparativo entre os subsítios. Ademais, lesões em borda lateral de língua e assoalho bucal, por exemplo, apresentam conhecidamente maior taxa de malignização comparados à outras graduados igualmente, exigindo e estendendo o mesmo tratamento para todas lesões. Conclusão: a avaliação histopatológica permanece como padrão ouro na avaliação de lesões que apresentam DEOs. Assim, estudos que direcionem uma visão diferenciada para o estabelecimento de sistemas de graduação devem ser conduzidos, visando auxílio diagnóstico para o patologista e principalmente benefícios para o paciente |
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As variações regionais do epitélio oral interferem na graduação das displasias epiteliais orais pelo sistema OMS? Uma revisão da literaturaMEDICINA DENTÁRIA (ODONTOLOGIA)Histopatologia; OMS; Carcinoma epidermoide.Objetivo: através de uma revisão narrativa, avaliar o sistema de graduação das displasias epiteliais orais (DEO) proposto e preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), considerando seus critérios para determinação, os desafios amplamente relatados pela literatura e as características específicas do epitélio oral que podem interferir neste processo. Resultados: em 2017, o sistema de graduação proposto pela OMS manteve sua classificação com base no número de terços do epitélio envolvidos por atipias na definição do grau de DEO. Contudo, sabe-se que na cavidade oral os diferentes subsítios apresentam grande variação na espessura epitelial e a diferenciação entre camadas não é precisa, dificultando a distinção entre a as camadas normais e anormais. Diversos trabalhos descreveram as características individuais das DEOs correlacionando-as com o diagnóstico e a transformação maligna, mas poucos relacionaram com o local e reprodutibilidade. Encontramos maiores valores de concordância e reprodutibilidade em análises de lesões com displasia intensa, já que há envolvimento total do epitélio, porém com desempenho insatisfatório em lesões com menor envolvimento atípico. Nenhum deles foi comparativo entre os subsítios. Ademais, lesões em borda lateral de língua e assoalho bucal, por exemplo, apresentam conhecidamente maior taxa de malignização comparados à outras graduados igualmente, exigindo e estendendo o mesmo tratamento para todas lesões. Conclusão: a avaliação histopatológica permanece como padrão ouro na avaliação de lesões que apresentam DEOs. Assim, estudos que direcionem uma visão diferenciada para o estabelecimento de sistemas de graduação devem ser conduzidos, visando auxílio diagnóstico para o patologista e principalmente benefícios para o pacienteAssociação Brasileira de Odontologia - Seção Rio de JaneiroArêdes, Mariana Marinho2019-12-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.aborj.org.br/index.php/rbo/article/view/1657Revista Brasileira de Odontologia; v. 76 (2019): Suppl. 2; 85Revista Brasileira de Odontologia; v. 76 (2019): Suppl. 2; 851984-3747reponame:Revista Brasileira de Odontologiainstname:Associação Brasileira de Odontologia (ABO)instacron:ABOporhttps://revista.aborj.org.br/index.php/rbo/article/view/1657/1128Direitos autorais 2019 Rev. Bras. Odontol.http://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2019-12-09T13:13:37Zoai:revista_aborj_org_br.www.revista.aborj.org.br:article/1657Revistahttps://revista.aborj.org.br/index.php/rboONGhttp://www.revista.aborj.org.br/index.php/rbo/oaihttps://revista.aborj.org.br/index.php/rbo/oai0034-72721984-3747opendoar:2019-12-09T13:13:37Revista Brasileira de Odontologia - Associação Brasileira de Odontologia (ABO)false |
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