Eritema migratório benigno: uma possível relação com a psoríase

• Autor(a) principal: Marge, Laura Andrade
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Brasileira de Odontologia
• Texto Completo: https://revista.aborj.org.br/index.php/rbo/article/view/1701
• topic: MEDICINA DENTÁRIA (ODONTOLOGIA); Psoríase; Eritema migratório benigno; Psoríase oral

Objetivo: relatar um caso de eritema migratório benigno com histórico familiar de psoríase, bem como estabelecer uma possível correlação entre estas condições. Relato de Caso: paciente do sexo feminino, 37 anos, compareceu ao serviço de estomatologia relatando múltiplas lesões sintomáticas em mucosa labial há 5 meses. As lesões apresentavam regressão completa de 7 a 10 dias, e reaparecimento após duas semanas. Clinicamente, observou- se a presença de múltiplas áreas eritematosas delimitadas por uma borda esbranquiçada na mucosa labial inferior. Além disso, havia a presença de múltiplas fissuras em língua. Após o consentimento da paciente, optou-se pela realização de biópsia incisional, análises imuno-histoquímica e genética. A análise histopatológica revelou paraceratose, alongamento das cristas interpapilares com acantose, exocitose de leucócitos polimorfonucleares, microabscessos de munro, pústula de Kogoj, vasos tor-tuosos e dilatados na ponta das papilas dérmicas, predomínio superficial e perivascular de infiltrado inflamatório linfocitário crônico, sendo compatível com o diagnóstico de eritema migratório benigno. As amostras apresentaram imunomarcação com anti-CD4, CD8, CD68, CD31 e Ki-67. Os alelos encontrados foram HLA-A*03, A*25, B*51, B*55, C*03, C*14, DRB1*04, DRB1*13, HLA-DQA1* 01:03, DQA1*03:01/03:02/03:03, DQB1*03:04 e DQB1*0603. A paciente foi submetida a tratamento com corticosteróides até a remissão das lesões. Conclusão: o eritema migratório benigno apresenta perfil clínico, histopatológico e imunogenético, semelhante ao da psoríase, podendo estra relacionado com esta doença cutânea. Novos estudos são necessários para compreender melhor o perfil imunogenético brasileiro da psoríase e de sua lesão oral