Estudo da orelha contralateral na otite média crônica: "Efeito Orloff ®"
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992002000200014 |
Resumo: | Introdução: A otite média crônica (OMC) representa entidade de alta prevalência e distribuição mundial. Apesar da grande quantidade de estudos publicados a respeito, ainda não há, na literatura pertinente, consenso sobre a patogênese da OMC. Uma das hipóteses é a do continuum, que apresenta a otite média crônica como uma série de eventos contínuos, onde insultos iniciais desencadeiam uma cascata de alterações. Partindo então da idéia de continuum, pesquisamos a orelha contralateral (OCL) de indivíduos com diagnóstico de OMC, descrevendo as alterações encontradas. Forma de estudo: Clínico prospectivo randomizado. Material e Métodos: Foram selecionados 108 pacientes com diagnóstico de OMC não-colesteatomatosa (OMC NC) ou colesteatomatosa (OMC C) acompanhados no ambulatório do Grupo de Pesquisa em Patologia da Orelha Média do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Nestes, foi realizada otoendoscopia com fibra óptica bilateral. A orelha mais estável foi considerada contralateral (OCL), sendo classificada como normal ou alterada (e as alterações descritas). Resultados: Dentre os pacientes avaliados, 59,2% portavam OMC NC e 40,8% OMC C. 46,3% de todos os pacientes apresentaram alterações significativas na OCL. Dos pacientes com OMC C, 57% apresentavam alteração na OCL, sendo que 39% dos pacientes com OMC NC tinham OCL alterada. A alteração mais freqüentemente encontrada foi retração de MT, em ambos os grupos. Conclusões: Os dados encontrados sugerem que pacientes que apresentam OMC tem maior probabilidade de apresentarem patologia na OCL, o que corrobora a idéia que a OMC se trata de um evento constitucional e não isolado da orelha média. |
id |
ABORL-F-2_b895d793872543ea4ee769bdb19872a4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0034-72992002000200014 |
network_acronym_str |
ABORL-F-2 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Estudo da orelha contralateral na otite média crônica: "Efeito Orloff ®"otite média crônicacolesteatomaorelha contralateralIntrodução: A otite média crônica (OMC) representa entidade de alta prevalência e distribuição mundial. Apesar da grande quantidade de estudos publicados a respeito, ainda não há, na literatura pertinente, consenso sobre a patogênese da OMC. Uma das hipóteses é a do continuum, que apresenta a otite média crônica como uma série de eventos contínuos, onde insultos iniciais desencadeiam uma cascata de alterações. Partindo então da idéia de continuum, pesquisamos a orelha contralateral (OCL) de indivíduos com diagnóstico de OMC, descrevendo as alterações encontradas. Forma de estudo: Clínico prospectivo randomizado. Material e Métodos: Foram selecionados 108 pacientes com diagnóstico de OMC não-colesteatomatosa (OMC NC) ou colesteatomatosa (OMC C) acompanhados no ambulatório do Grupo de Pesquisa em Patologia da Orelha Média do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Nestes, foi realizada otoendoscopia com fibra óptica bilateral. A orelha mais estável foi considerada contralateral (OCL), sendo classificada como normal ou alterada (e as alterações descritas). Resultados: Dentre os pacientes avaliados, 59,2% portavam OMC NC e 40,8% OMC C. 46,3% de todos os pacientes apresentaram alterações significativas na OCL. Dos pacientes com OMC C, 57% apresentavam alteração na OCL, sendo que 39% dos pacientes com OMC NC tinham OCL alterada. A alteração mais freqüentemente encontrada foi retração de MT, em ambos os grupos. Conclusões: Os dados encontrados sugerem que pacientes que apresentam OMC tem maior probabilidade de apresentarem patologia na OCL, o que corrobora a idéia que a OMC se trata de um evento constitucional e não isolado da orelha média.ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial2002-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992002000200014Revista Brasileira de Otorrinolaringologia v.68 n.2 2002reponame:Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online)instname:Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF)instacron:ABORL-F10.1590/S0034-72992002000200014info:eu-repo/semantics/openAccessScheibe,Ana BárbaraSmith,Mariana M.Schmidt,Letícia P.Schmidt,Viviane B.Dornelles,CristinaCarvalhal,Lúcia Helena S. K.Kruse,LisianeCosta,Sady S. dapor2002-08-14T00:00:00Zoai:scielo:S0034-72992002000200014Revistahttp://www.bjorl.org/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista@sborl.org.br||revista@aborlccf.org.br1806-93120034-7299opendoar:2002-08-14T00:00Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Estudo da orelha contralateral na otite média crônica: "Efeito Orloff ®" |
title |
Estudo da orelha contralateral na otite média crônica: "Efeito Orloff ®" |
spellingShingle |
Estudo da orelha contralateral na otite média crônica: "Efeito Orloff ®" Scheibe,Ana Bárbara otite média crônica colesteatoma orelha contralateral |
title_short |
Estudo da orelha contralateral na otite média crônica: "Efeito Orloff ®" |
title_full |
Estudo da orelha contralateral na otite média crônica: "Efeito Orloff ®" |
title_fullStr |
Estudo da orelha contralateral na otite média crônica: "Efeito Orloff ®" |
title_full_unstemmed |
Estudo da orelha contralateral na otite média crônica: "Efeito Orloff ®" |
title_sort |
Estudo da orelha contralateral na otite média crônica: "Efeito Orloff ®" |
author |
Scheibe,Ana Bárbara |
author_facet |
Scheibe,Ana Bárbara Smith,Mariana M. Schmidt,Letícia P. Schmidt,Viviane B. Dornelles,Cristina Carvalhal,Lúcia Helena S. K. Kruse,Lisiane Costa,Sady S. da |
author_role |
author |
author2 |
Smith,Mariana M. Schmidt,Letícia P. Schmidt,Viviane B. Dornelles,Cristina Carvalhal,Lúcia Helena S. K. Kruse,Lisiane Costa,Sady S. da |
author2_role |
author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Scheibe,Ana Bárbara Smith,Mariana M. Schmidt,Letícia P. Schmidt,Viviane B. Dornelles,Cristina Carvalhal,Lúcia Helena S. K. Kruse,Lisiane Costa,Sady S. da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
otite média crônica colesteatoma orelha contralateral |
topic |
otite média crônica colesteatoma orelha contralateral |
description |
Introdução: A otite média crônica (OMC) representa entidade de alta prevalência e distribuição mundial. Apesar da grande quantidade de estudos publicados a respeito, ainda não há, na literatura pertinente, consenso sobre a patogênese da OMC. Uma das hipóteses é a do continuum, que apresenta a otite média crônica como uma série de eventos contínuos, onde insultos iniciais desencadeiam uma cascata de alterações. Partindo então da idéia de continuum, pesquisamos a orelha contralateral (OCL) de indivíduos com diagnóstico de OMC, descrevendo as alterações encontradas. Forma de estudo: Clínico prospectivo randomizado. Material e Métodos: Foram selecionados 108 pacientes com diagnóstico de OMC não-colesteatomatosa (OMC NC) ou colesteatomatosa (OMC C) acompanhados no ambulatório do Grupo de Pesquisa em Patologia da Orelha Média do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Nestes, foi realizada otoendoscopia com fibra óptica bilateral. A orelha mais estável foi considerada contralateral (OCL), sendo classificada como normal ou alterada (e as alterações descritas). Resultados: Dentre os pacientes avaliados, 59,2% portavam OMC NC e 40,8% OMC C. 46,3% de todos os pacientes apresentaram alterações significativas na OCL. Dos pacientes com OMC C, 57% apresentavam alteração na OCL, sendo que 39% dos pacientes com OMC NC tinham OCL alterada. A alteração mais freqüentemente encontrada foi retração de MT, em ambos os grupos. Conclusões: Os dados encontrados sugerem que pacientes que apresentam OMC tem maior probabilidade de apresentarem patologia na OCL, o que corrobora a idéia que a OMC se trata de um evento constitucional e não isolado da orelha média. |
publishDate |
2002 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2002-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992002000200014 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992002000200014 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0034-72992002000200014 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial |
publisher.none.fl_str_mv |
ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia v.68 n.2 2002 reponame:Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) instname:Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) instacron:ABORL-F |
instname_str |
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) |
instacron_str |
ABORL-F |
institution |
ABORL-F |
reponame_str |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista@sborl.org.br||revista@aborlccf.org.br |
_version_ |
1754820956967141376 |