Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000100008 |
Resumo: | OBJETIVOS: Os benzodiazepínicos, pelos seus empregos como ansiolítico, hipnótico, miorrelaxante e anticonvulsivante, são muito prescritos. Os efeitos colaterais que comprometem o paciente são: diminuição da atividade psicomotora, interação com outras drogas, como o álcool, e o desenvolvimento de dependência. Neste estudo, avaliou-se a qualidade da orientação médica sobre esses efeitos colaterais. MÉTODOS: Foram entrevistados 120 pacientes (39 homens e 81 mulheres) com idade média de 48 anos que procuraram as farmácias de Curitiba, Paraná, para comprar benzodiazepínicos. Para avaliar as orientações médicas recebidas sobre os efeitos colaterais dos medicamentos, aplicou-se um questionário com perguntas abertas e estimuladas. RESULTADOS: Treze por cento dos pacientes relataram ter sido orientados sobre os três tipos principais de efeitos colaterais, 27% a respeito de pelo menos dois e 40% sobre pelo menos um, enquanto que 19% não recebeu nenhuma orientação. A qualidade da orientação não foi influenciada pelo grau de instrução do paciente, pela especialidade do médico prescritor e pelo tipo de atendimento (particular ou público). Houve predomínio da orientação ''não beber'' (85%), seguida do cuidado para operar máquinas e dirigir veículos (46%), e por último, a orientação sobre o desenvolvimento de dependência (31%). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que os médicos estavam mais preocupados com o risco de interação com o álcool, que pode ser fatal. O elevado número de pacientes que usavam a medicação de modo contínuo por mais de um ano (61%), o insucesso na interrupção da medicação (94%) e a pouca orientação sobre o tempo de uso do medicamento (22%) podem indicar a falta de preocupação do médico com a possível dependência induzida pelos benzodiazepínicos. |
id |
ABP-1_2c6586f7fa021859fd45197de8e0046c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1516-44462004000100008 |
network_acronym_str |
ABP-1 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicosAgentes antiansiedadeBenzodiazepínicosPrescriçõesEfeitos adversosOBJETIVOS: Os benzodiazepínicos, pelos seus empregos como ansiolítico, hipnótico, miorrelaxante e anticonvulsivante, são muito prescritos. Os efeitos colaterais que comprometem o paciente são: diminuição da atividade psicomotora, interação com outras drogas, como o álcool, e o desenvolvimento de dependência. Neste estudo, avaliou-se a qualidade da orientação médica sobre esses efeitos colaterais. MÉTODOS: Foram entrevistados 120 pacientes (39 homens e 81 mulheres) com idade média de 48 anos que procuraram as farmácias de Curitiba, Paraná, para comprar benzodiazepínicos. Para avaliar as orientações médicas recebidas sobre os efeitos colaterais dos medicamentos, aplicou-se um questionário com perguntas abertas e estimuladas. RESULTADOS: Treze por cento dos pacientes relataram ter sido orientados sobre os três tipos principais de efeitos colaterais, 27% a respeito de pelo menos dois e 40% sobre pelo menos um, enquanto que 19% não recebeu nenhuma orientação. A qualidade da orientação não foi influenciada pelo grau de instrução do paciente, pela especialidade do médico prescritor e pelo tipo de atendimento (particular ou público). Houve predomínio da orientação ''não beber'' (85%), seguida do cuidado para operar máquinas e dirigir veículos (46%), e por último, a orientação sobre o desenvolvimento de dependência (31%). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que os médicos estavam mais preocupados com o risco de interação com o álcool, que pode ser fatal. O elevado número de pacientes que usavam a medicação de modo contínuo por mais de um ano (61%), o insucesso na interrupção da medicação (94%) e a pouca orientação sobre o tempo de uso do medicamento (22%) podem indicar a falta de preocupação do médico com a possível dependência induzida pelos benzodiazepínicos.Associação Brasileira de Psiquiatria2004-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000100008Brazilian Journal of Psychiatry v.26 n.1 2004reponame:Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online)instname:Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)instacron:ABP10.1590/S1516-44462004000100008info:eu-repo/semantics/openAccessAuchewski,LucianaAndreatini,RobertoGalduróz,José Carlos FLacerda,Roseli Boerngen depor2004-03-30T00:00:00Zoai:scielo:S1516-44462004000100008Revistahttp://www.bjp.org.br/ahead_of_print.asphttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rbp@abpbrasil.org.br1809-452X1516-4446opendoar:2004-03-30T00:00Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) - Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos |
title |
Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos |
spellingShingle |
Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos Auchewski,Luciana Agentes antiansiedade Benzodiazepínicos Prescrições Efeitos adversos |
title_short |
Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos |
title_full |
Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos |
title_fullStr |
Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos |
title_full_unstemmed |
Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos |
title_sort |
Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos |
author |
Auchewski,Luciana |
author_facet |
Auchewski,Luciana Andreatini,Roberto Galduróz,José Carlos F Lacerda,Roseli Boerngen de |
author_role |
author |
author2 |
Andreatini,Roberto Galduróz,José Carlos F Lacerda,Roseli Boerngen de |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Auchewski,Luciana Andreatini,Roberto Galduróz,José Carlos F Lacerda,Roseli Boerngen de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Agentes antiansiedade Benzodiazepínicos Prescrições Efeitos adversos |
topic |
Agentes antiansiedade Benzodiazepínicos Prescrições Efeitos adversos |
description |
OBJETIVOS: Os benzodiazepínicos, pelos seus empregos como ansiolítico, hipnótico, miorrelaxante e anticonvulsivante, são muito prescritos. Os efeitos colaterais que comprometem o paciente são: diminuição da atividade psicomotora, interação com outras drogas, como o álcool, e o desenvolvimento de dependência. Neste estudo, avaliou-se a qualidade da orientação médica sobre esses efeitos colaterais. MÉTODOS: Foram entrevistados 120 pacientes (39 homens e 81 mulheres) com idade média de 48 anos que procuraram as farmácias de Curitiba, Paraná, para comprar benzodiazepínicos. Para avaliar as orientações médicas recebidas sobre os efeitos colaterais dos medicamentos, aplicou-se um questionário com perguntas abertas e estimuladas. RESULTADOS: Treze por cento dos pacientes relataram ter sido orientados sobre os três tipos principais de efeitos colaterais, 27% a respeito de pelo menos dois e 40% sobre pelo menos um, enquanto que 19% não recebeu nenhuma orientação. A qualidade da orientação não foi influenciada pelo grau de instrução do paciente, pela especialidade do médico prescritor e pelo tipo de atendimento (particular ou público). Houve predomínio da orientação ''não beber'' (85%), seguida do cuidado para operar máquinas e dirigir veículos (46%), e por último, a orientação sobre o desenvolvimento de dependência (31%). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que os médicos estavam mais preocupados com o risco de interação com o álcool, que pode ser fatal. O elevado número de pacientes que usavam a medicação de modo contínuo por mais de um ano (61%), o insucesso na interrupção da medicação (94%) e a pouca orientação sobre o tempo de uso do medicamento (22%) podem indicar a falta de preocupação do médico com a possível dependência induzida pelos benzodiazepínicos. |
publishDate |
2004 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2004-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000100008 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000100008 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1516-44462004000100008 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Psiquiatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Psiquiatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Psychiatry v.26 n.1 2004 reponame:Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) instname:Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) instacron:ABP |
instname_str |
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) |
instacron_str |
ABP |
institution |
ABP |
reponame_str |
Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) |
collection |
Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) - Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||rbp@abpbrasil.org.br |
_version_ |
1754212552484585472 |