Viés de gênero na notificação de alunos com necessidades educacionais especiais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de educação especial (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382009000300006 |
Resumo: | Por que os meninos são mais indicados do que as meninas como alunos com necessidades educacionais especiais por seus professores (proporção de 2/3 contra 1/3)? Este estudo teve por objetivo comparar a descrição de professores de meninos e meninas identificados por eles como alunos com necessidades educacionais especiais. Os dados foram coletados a partir da coleção de 351 cadastros de alunos identificados como especiais. Esses cadastros fazem parte de um banco de dados iniciado em 2001 por um grupo de pesquisa e contém descrições espontâneas dos professores sobre as características das crianças que, segundo eles, justificavam a notificação. Tais descrições foram divididas em unidades de conteúdo e categorizadas. A freqüência em cada uma das categorias foi computada para os grupos, que foram divididos em função do gênero. Dos 351 cadastros, 66,1% referiam-se a crianças do sexo masculino, enquanto 33,9% eram de crianças do sexo feminino. A comparação da incidência das categorias nos dois grupos apontou como única diferença estatisticamente significativa: a indicação de meninos com base na categoria Problemas de Comportamento. Teorias explicativas existentes na literatura sobre viés de gênero na elegibilidade de meninos e meninas pelos seus respectivos professores são discutidas, bem como são apontadas as implicações científicas e a necessidade de mecanismos de monitoração deste tipo de viés que vem sendo sustentado pela área de Educação Especial e que contribuem para a construção de desigualdades sociais. |
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