A construção da identidade de sujeitos deficientes no grupo terapêutico-fonoaudiológico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de educação especial (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382008000200004 |
Resumo: | Neste estudo, consideramos que o sujeito se constitui à medida que suas ações vão sendo interpretadas pelo outro, através da internalização de papéis, definidos, inicialmente, pelas pessoas que são referência mais concreta da criança, como a família e, posteriormente, pelo grupo social maior do qual ela faz parte. Nosso objetivo foi refletir sobre a formação/construção da identidade de jovens deficientes mentais que participavam de atendimento fonoaudiológico, realizado em grupo, analisando o papel da linguagem no processo de construção da imagem que o sujeito faz de si mesmo. O estudo teve sua origem a partir dos resultados obtidos em pesquisas realizadas anteriormente, com grupos de irmãos de sujeitos considerados deficientes mentais. Esses resultados revelaram a imagem negativa que os irmãos têm em relação ao irmão deficiente. O material analisado faz parte de um banco de dados de dois anos de filmagens das interações de jovens deficientes no grupo terapêutico-fonoaudiológico de uma clínica-escola. Os dados foram transcritos e analisados segundo diretrizes da análise microgenética considerando as minúcias dos acontecimentos, os detalhes e o recorte de episódios interativos, sendo o exame orientado para o funcionamento dos sujeitos, as relações intersubjetivas e as condições sociais da situação. As análises realizadas procuraram relacionar a imagem que esses sujeitos têm de si com a imagem transmitida pelo grupo social do qual eles fazem parte. Os resultados mostraram a ressonância do discurso do grupo social nos dizeres dos sujeitos. Concluímos que para transformar a imagem que os sujeitos deficientes mentais têm de si mesmos, precisamos ações que incidam sobre aqueles que os rodeiam, ou seja, a família, os amigos, os colegas e o grupo social em geral. |
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Neste estudo, consideramos que o sujeito se constitui à medida que suas ações vão sendo interpretadas pelo outro, através da internalização de papéis, definidos, inicialmente, pelas pessoas que são referência mais concreta da criança, como a família e, posteriormente, pelo grupo social maior do qual ela faz parte. Nosso objetivo foi refletir sobre a formação/construção da identidade de jovens deficientes mentais que participavam de atendimento fonoaudiológico, realizado em grupo, analisando o papel da linguagem no processo de construção da imagem que o sujeito faz de si mesmo. O estudo teve sua origem a partir dos resultados obtidos em pesquisas realizadas anteriormente, com grupos de irmãos de sujeitos considerados deficientes mentais. Esses resultados revelaram a imagem negativa que os irmãos têm em relação ao irmão deficiente. O material analisado faz parte de um banco de dados de dois anos de filmagens das interações de jovens deficientes no grupo terapêutico-fonoaudiológico de uma clínica-escola. Os dados foram transcritos e analisados segundo diretrizes da análise microgenética considerando as minúcias dos acontecimentos, os detalhes e o recorte de episódios interativos, sendo o exame orientado para o funcionamento dos sujeitos, as relações intersubjetivas e as condições sociais da situação. As análises realizadas procuraram relacionar a imagem que esses sujeitos têm de si com a imagem transmitida pelo grupo social do qual eles fazem parte. Os resultados mostraram a ressonância do discurso do grupo social nos dizeres dos sujeitos. Concluímos que para transformar a imagem que os sujeitos deficientes mentais têm de si mesmos, precisamos ações que incidam sobre aqueles que os rodeiam, ou seja, a família, os amigos, os colegas e o grupo social em geral. |
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