Sexualidade na deficiência intelectual: uma análise das percepções de mães de adolescentes especiais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Littig,Patrícia Mattos Caldeira Brant
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Cardia,Daphne Rajab, Reis,Luciana Bicalho, Ferrão,Erika da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de educação especial (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382012000300008
Resumo: Adolescência é a fase transitória entre infância e idade adulta, momento importante do desenvolvimento humano, marcado por mudanças físicas, psicológicas e sociais relativas ao início da sexualidade. Este momento geralmente é conturbado e o poderá ser ainda mais para adolescentes com deficiência intelectual (DI) por confrontar com preconceitos e mistificações estabelecidas há tempos. A maneira infantilizante e discriminatória de serem tratados pela família e sociedade influenciam as percepções das mães de filhos com DI. Assim, objetivando investigar as concepções que mães de jovens com DI têm sobre a sexualidade deles e como elas irão refletir na adoção de práticas de educação sexual, foram entrevistadas 20 mães de adolescentes entre 12 a 18 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de DI, atendidos numa clínica escola localizada no estado do Espírito Santo. Analisando as entrevistas, percebeu-se em 12 respostas, a ideia de ausência de sexualidade na pessoa com DI, trazendo uma postura infantilizadora e superprotetora dessas mães em relação aos filhos, considerando-os com pouca possibilidade de desenvolver interesses e comportamentos sexuais. Quanto às concepções das mães nas manifestações sexuais de seus filhos, 15 delas revelaram entender que a sexualidade deles é diferente da de pessoas sem deficiência intelectual. Percebeu-se que 12 das 20 mães nunca orientaram seus filhos sexualmente, alegando que não compreenderiam. Em geral, as mães não reconhecem uma identidade sexual em seus filhos e, por conseguinte, não fornecem uma educação sexual, reproduzindo a concepção social e cultural que nega a existência da sexualidade quando associada à DI.
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