Qualidade de vida de mulheres com bexiga hiperativa refratária tratadas com estimulação elétrica do nervo tibial posterior
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Physical Therapy |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552009000600003 |
Resumo: | OBJETIVO: Verificar o impacto do tratamento por estimulação elétrica do nervo tibial posterior (PTNS) na qualidade de vida (QV) de mulheres com bexiga hiperativa (BH). MÉTODOS: Ensaio clínico não controlado com 11 mulheres com presença de contrações não inibidas do detrusor (CNI) no exame urodinâmico, todas anteriormente submetidas ao tratamento com anticolinérgicos, sem resposta. O tratamento fisioterápico constituiu-se de 12 sessões de 30 minutos da PTNS com o eletroestimulador Dualpex 961®, duas vezes na semana. Para avaliar a QV, foram utilizados os questionários King's Health Questionnaire (KHQ) e o "Internacional Consultation on Incontinence Questionnaire - Short-Form" (ICIQ-SF), e os seus escores pré e pós-tratamento foram comparados pelo teste de Wilcoxon para amostras pareadas, com nível de significância de 0,05. RESULTADOS: Observou-se melhora significativa na QV em todos os domínios do KHQ, exceto na percepção geral da saúde (51,36±30,75 versus 37,73±25,63; p=0,068): impacto da incontinência (74,55±27,75 versus 38,18±13,82; p=0,008), limitações das atividades diárias (66,45±25,89 versus 26,91±11,22; p=0,008), limitações físicas (73,91±29,46 versus 30,91±12,79; p=0,008), limitações sociais (39,18±35,60 versus 17,45±12,26; p=0,028), relações pessoais (25,64±29,16 versus 10,45±15,23; p=0,043), emoções (65,82±38,56 versus 26,00±20,45; p=0,005), sono/disposição (39,18±37,51 versus 16,45±18,17; p=0,012) e nas medidas de gravidade (62,00±17,70 versus 33,00±16,59; p=0,003). Os escores do ICIQ-SF demonstraram também melhora na QV (10,09±6,50 versus 3,73±3,00; p=0,008). CONCLUSÕES: A terapia com PTNS foi capaz de melhorar a QV de mulheres com queixa de BH e refratárias ao tratamento medicamentoso. A PTNS mostra-se, portanto, uma boa alternativa terapêutica, além de ser segura e com baixo custo operacional. |
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