Força de preensão palmar em idosos com demência: estudo da confiabilidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alencar,Mariana A.
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Dias,João M. D., Figueiredo,Luisa C., Dias,Rosângela C.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Physical Therapy
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552012000600010
Resumo: CONTEXTUALIZAÇÃO: Instrumentos de medida devem ser analisados quanto a sua utilidade clínica e científica em diferentes populações. Apesar de o teste da força de preensão palmar (FPP) ser amplamente utilizado, pouco foi investigado quanto a sua confiabilidade ao ser utilizado em idosos com demência e em qual grau de demência seria inviabilizado o seu uso. OBJETIVO: Avaliar a confiabilidade teste-reteste da FPP em idosos com diferentes graus de demência. MÉTODO: Realizou-se uma avaliação dos aspectos cognitivos de 76 idosos com demência e uma entrevista com o cuidador, permitindo a classificação do idoso segundo os critérios da Escala Clínica de Demência (Clinical dementia rating - CDR). Para essas avaliações, foram utilizados o Miniexame do Estado Mental e os questionários Pfeffer, Lawton e Katz. Vinte idosos foram classificados como grau questionável (83,4±5,8 anos); 19, como leve (82,4±6,8 anos); 19, como moderado (85,8±5,6 anos) e 18, como grave (84,0±5,1 anos). Os idosos tiveram a FPP avaliada por meio de um dinamômetro hidráulico JAMAR e, após uma semana, foram reavaliados. A confiabilidade foi estimada pelo Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC). O nível de significância foi α=0,05. RESULTADOS: A confiabilidade teste-reteste foi excelente para os grupos que apresentaram o CDR questionável (ICC=0,975; p=0,001), leve (ICC=0,968; p=0,002) e moderado (ICC=0,964; p=0,001). A análise do grupo com CDR grave mostrou não haver uma significância estatística e um ICC baixo (ICC=0,415; p=0,376). CONCLUSÃO: O teste de FPP apresenta excelente confiabilidade ao ser utilizado em idosos com demências questionável, leve e moderada, viabilizando seu uso em pesquisas. Já em idosos classificados como graves, seu uso não é recomendado visto que a confiabilidade da medida é baixa e, portanto, sem relevância clínica para uso na prática.
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