Os efeitos do ultra-som terapêutico nas lesões por esmagamento do nervo ciático de ratos: análise funcional da marcha

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monte-Raso,VV
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Barbieri,CH, Mazzer,N, Fazan,VPS
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Physical Therapy
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552006000100015
Resumo: INTRODUÇÃO: Os efeitos da irradiação ultra-sônica terapêutica na regeneração de nervos periféricos não são ainda bem conhecidos, particularmente no que se refere à recuperação funcional. Por outro lado, o método da avaliação da impressão da pegada do rato para medida do Índice Funcional do Ciático (IFC) já está bem sistematizado, mostrando estreita correlação com a regeneração morfológica do nervo ciático lesado em ratos. Objetivos: Analisar a influência do ultra-som terapêutico na regeneração do nervo ciático de ratos submetido a esmagamento controlado. Material e métodos: Foram empregados 20 ratos da linhagem Wistar com peso corporal médio de 300 g, divididos em dois grupos conforme o tipo de procedimento realizado: 1) somente esmagamento (n=10); 2) esmagamento e irradiação com ultra-som (n=10). Sob anestesia geral, o nervo ciático era exposto na coxa direita do animal e esmagado com um dispositivo especialmente confeccionado para essa finalidade, com uma carga fixa de 15 Kg por 10 minutos, num segmento de 5 mm proximal à sua bifurcação. A irradiação ultra-sônica pulsada de baixa intensidade (1:5, 0,4 W/cm², 1 MHz, duração 2 minutos) era iniciada já no primeiro dia pós-operatório e realizada por dez dias consecutivos. As impressões das pegadas dos animais, obtidas semanalmente, da primeira à terceira semana pós-operatória, em passarela específica para essa finalidade, foram avaliadas por meio de um programa de computador igualmente específico, segundo método pré-existente já testado em trabalhos anteriores, com cálculo automático do IFC. Resultados: O IFC aumentou progressivamente nos dois grupos, passando no Grupo 2 de 101 na primeira semana, para 59,21 na segunda e 26,68 na terceira, o que significou uma melhora de 73% entre a primeira e a última medida. No Grupo 1, o IFC subiu de 98,2 na primeira semana, para 79,5 na segunda e 44 na terceira, o que significou uma melhora de 55% entre a primeira medida e a última. As diferenças entre os grupos foram significativas no 14º e no 21º dia (p=0,02 e p=0,002, respectivamente). Conclusão: O ultra-som terapêutico de baixa intensidade acelerou a regeneração do nervo ciático do rato, demonstrável com maior significância no 21º dia pós-operatório.
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