Toda criança tem família: criança em situação de rua também
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia & Sociedade (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822008000100005 |
Resumo: | O presente estudo buscou descrever as características das famílias dos jovens que vivem em situação de rua a partir das percepções desses. Entrevistas semi-estruturadas qualitativas foram aplicadas individualmente com 17 jovens, com idades entre 11 e 16 anos (M=14, 05; DP=1,24), de ambos os sexos. As entrevistas permitem a compreensão da dinâmica dos fatores de risco que facilitam a ida dos jovens para a vida na rua. A existência de crianças na rua não implica a inexistência da família. Todos os participantes possuíam vínculos com suas famílias, mesmo que frágeis. Apenas cinco participantes voltavam para suas casas todos os dias. Uma variedade de configurações familiares foi descrita pelos jovens. Famílias reconstituídas foram apontadas por 41% dos participantes e famílias monoparentais, chefiadas por mulheres, por 35%. Identificou-se que a mulher cuidadora tem grande importância dentro da estrutura familiar desta população. Contrastando essa realidade, 58% dos entrevistados afirmam não conhecer o pai biológico. O número de irmãos que possuem nas suas casas varia entre um e 12 (M=5, 69; DP=3,07). A maioria dos pais não possui atividade laboral, ou trabalha em atividades informais. Para ajudar no sustento da família, muitos jovens iniciam o trabalho nas ruas. A violência, a pobreza, a adversidade, os problemas sociais, afetivos e econômicos parecem ter um importante papel na dinâmica e na configuração das famílias dos jovens em situação de rua. É necessário oferecer oportunidades para promover a resiliência dessas famílias. |
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