À felicidade na liberdade ou à felicidade na ausência de liberdade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia & Sociedade (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822002000100008 |
Resumo: | Nessa sociedade que se reproduz em torno da dominação, a psicologia traz, como disciplina parcelar, a possibilidade de voltar-se para a contenção da violência e a tendência de repor os elementos da barbárie. Faz parte desta última, mascarar os fatores objetivos que a determinam e, o contrário, reside em pesquisar as condições subjetivas que sustentam a irracionalidade objetiva,com clareza de que crítica ao conhecimento deve ser crítica da sociedade. A psicologia fica sem respostas e não sabe, resignada em não investigar a dialética que desvela o antagonismo social, de seu propósito tal como é remetido na frase de Adorno no texto escrito em 1955 e indicada como título deste ensaio. No específico, mesmo cego ante a totalidade que o compõe e que constitui, encontra-se traços da verdade do progresso como denúncia do que pode mas não foi efetivado. Alcançar a liberdade e a felicidade faz parte da tarefa objetiva de superar os ditames da autoconservação. Entretanto, os homens encontram-se impotentes e resistir significa conhecer os limites da prisão. É ideológico atribuir à psicologia o trabalho direto com o sofrimento; deve-se combater aquilo que causa o sofrimento e não manter as formas de ilusão. |
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