Fatores associados à realização de consultas médicas de crianças menores de 5 anos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X1999000100006 |
Resumo: | A utilização de consultas médicas por crianças foi estimada por inquérito domiciliar transversal, em amostra aleatória por conglomerados em múltiplos estágios, no município de São Luís, Maranhão, Brasil, em 1994. Foi aplicado questionário padronizado em entrevistas com 711 mães ou responsáveis por crianças de 3 a 59 meses de idade. Pretendeu-se identificar demanda reprimida, estudar alguns fatores associados à não realização de consultas e verificar se a implantação do SUS (Sistema Único de Saúde) e a expansão da rede de ambulatórios públicos reduziram a desigualdade na utilização dos serviços de saúde. Mais de dois terços, 67,2% das crianças realizaram consulta médica com finalidade curativa no último trimestre. Destas, 74,9% foram atendidas no SUS. Um percentual muito reduzido, 0,7%, procurou e não obteve consultas, caracterizando baixa repressão à demanda. Após o ajuste para fatores de confusão, pela regressão de Cox adaptada para estudos transversais, os fatores predisponentes, como escolaridade materna, sexo e idade da criança, idade materna, número de irmãos e ocupação do chefe de família explicaram pouco a não realização de consultas. Os fatores facilitadores, como renda familiar e posse de seguro-saúde, não foram preditores. O preditor mais importante da não realização de consultas foi a não necessidade, pois as crianças cujas mães referiram não estar doentes apresentaram maior risco de não serem consultadas. A expansão do atendimento público contribuiu para reduzir ou anular o peso das diferenças sociais na utilização de consultas curativas. |
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