Usuários de drogas injetáveis e infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana: epidemiologia e perspectivas de intervenção
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X1998000200009 |
Resumo: | Dos cerca de 130 mil casos de aids notificados no Brasil entre 1980 e fevereiro de 1998, 21% estão diretamente relacionados ao uso de drogas injetáveis. Este artigo revisa aspectos da epidemiologia da infecção pelo HIV e outros patógenos de transmissão sangüínea, entre usuários de drogas injetáveis (UDI), visando a subsidiar as pesquisas e a implementação de propostas de intervenção em nosso meio. A população de UDI é heterogênea e, ao contrário do estereótipo, nem todos os UDI provêm de minorias masculinas das grandes áreas urbanas. Esta população está em contínua transformação, com mudanças marcantes ao longo do tempo na sua composição, hábitos e padrões de consumo. A estimativa precisa do número de UDI em uma dada localidade constitui tarefa difícil, embora disponha-se de novas metodologias, como o método de captura-recaptura. A combinação de dados provenientes de diversas fontes se mostra também indispensável. Estudos no sentido de monitorizar os padrões e tendências do uso de drogas injetáveis, segundo diferentes níveis de agregação e em intervalos regulares, permitem estimar prováveis aumentos ou decréscimos desta população e detectar mudanças relevantes nos seus comportamentos, contribuindo para orientar as estratégias de intervenção e alocação ótima de recursos. Evidências recentes demonstram que, devido à exposição parenteral e sexual aos diferentes patógenos, as infecções nesta população ocorrem precocemente, demandando intervenções prontas e abrangentes quanto aos UDI em atividade, e esforços no sentido de minimizar a transição para a via injetável e oferecimento de alternativas de tratamento clínico e para o abuso de drogas. |
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Usuários de drogas injetáveis e infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana: epidemiologia e perspectivas de intervençãoAbuso de substâncias por via endovenosaUso comum de agulhas e seringasHIVVírus da hepatiteVírus HTVL-I e IISíndrome de imunodeficiência adquiridaEpidemiologiaDos cerca de 130 mil casos de aids notificados no Brasil entre 1980 e fevereiro de 1998, 21% estão diretamente relacionados ao uso de drogas injetáveis. Este artigo revisa aspectos da epidemiologia da infecção pelo HIV e outros patógenos de transmissão sangüínea, entre usuários de drogas injetáveis (UDI), visando a subsidiar as pesquisas e a implementação de propostas de intervenção em nosso meio. A população de UDI é heterogênea e, ao contrário do estereótipo, nem todos os UDI provêm de minorias masculinas das grandes áreas urbanas. Esta população está em contínua transformação, com mudanças marcantes ao longo do tempo na sua composição, hábitos e padrões de consumo. A estimativa precisa do número de UDI em uma dada localidade constitui tarefa difícil, embora disponha-se de novas metodologias, como o método de captura-recaptura. A combinação de dados provenientes de diversas fontes se mostra também indispensável. Estudos no sentido de monitorizar os padrões e tendências do uso de drogas injetáveis, segundo diferentes níveis de agregação e em intervalos regulares, permitem estimar prováveis aumentos ou decréscimos desta população e detectar mudanças relevantes nos seus comportamentos, contribuindo para orientar as estratégias de intervenção e alocação ótima de recursos. Evidências recentes demonstram que, devido à exposição parenteral e sexual aos diferentes patógenos, as infecções nesta população ocorrem precocemente, demandando intervenções prontas e abrangentes quanto aos UDI em atividade, e esforços no sentido de minimizar a transição para a via injetável e oferecimento de alternativas de tratamento clínico e para o abuso de drogas.Associação Brasileira de Saúde Coletiva1998-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X1998000200009Revista Brasileira de Epidemiologia v.1 n.2 1998reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/S1415-790X1998000200009info:eu-repo/semantics/openAccessCaiaffa,Waleska TeixeiraBastos,Francisco Ináciopor2005-08-04T00:00:00Zoai:scielo:S1415-790X1998000200009Revistahttp://www.scielo.br/rbepidhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revbrepi@usp.br1980-54971415-790Xopendoar:2005-08-04T00:00Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false |
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