Perfis de mortalidade em pessoas vivendo com HIV/aids: comparação entre o Rio de Janeiro e as demais unidades da federação entre 1999 e 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula,Adelzon Assis de
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Pires,Denise Franqueira, Alves Filho,Pedro, Lemos,Katia Regina Valente de, Veloso,Valdiléa Gonçalves, Grinsztejn,Beatriz, Pacheco,Antonio Guilherme
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100414
Resumo: RESUMO: Introdução: A aparente estabilidade da mortalidade por aids no país na última década encobre uma gama de cenários, com dois terços dos estados apresentando taxa padronizada de mortalidade por aids (TPMA) significativamente acima da média nacional e/ou em tendência ascendente. No Rio de Janeiro, a TPMA vem mantendo-se alta e estável ao longo dos anos; atualmente o estado ocupa a segunda posição no ranking nacional desse indicador. Objetivo: Examinar tendências temporais em causas de óbito na busca de padrões diferenciais que contribuam para o entendimento da mortalidade por aids no estado. Metodologia: Foram analisadas causas de óbito em qualquer campo das declarações de óbito constantes do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) entre 1999 e 2015 para indivíduos ≥ 15 anos. Doenças cardiovasculares, malignidades não relacionadas à aids, causas externas, diabetes melito e tuberculose foram estabelecidas pela menção ou não de seus códigos conforme a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10) nas declarações de óbito. Modelos lineares generalizados com efeitos mistos foram usados para descrever odds ratios relativas a 1999 e variações anuais médias ajustadas. Resultados: Verificaram-se o aumento proporcional em causas externas e doenças geniturinárias e, sobretudo, o persistente papel desempenhado pela tuberculose, impactando diferencialmente a mortalidade por aids no estado, em um cenário de alta mortalidade por doenças infecciosas. Conclusão: Os achados reforçam a manutenção da tuberculose na mortalidade de pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) no Rio de Janeiro e chamam a atenção para a necessidade de avaliar determinantes individuais atuando na redução da sobrevida desses pacientes, de forma a aprimorar o programa de controle do HIV/aids no estado.
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spelling Perfis de mortalidade em pessoas vivendo com HIV/aids: comparação entre o Rio de Janeiro e as demais unidades da federação entre 1999 e 2015Síndrome de imunodeficiência adquiridaMortalidadeTuberculoseEstudos de séries temporaisRESUMO: Introdução: A aparente estabilidade da mortalidade por aids no país na última década encobre uma gama de cenários, com dois terços dos estados apresentando taxa padronizada de mortalidade por aids (TPMA) significativamente acima da média nacional e/ou em tendência ascendente. No Rio de Janeiro, a TPMA vem mantendo-se alta e estável ao longo dos anos; atualmente o estado ocupa a segunda posição no ranking nacional desse indicador. Objetivo: Examinar tendências temporais em causas de óbito na busca de padrões diferenciais que contribuam para o entendimento da mortalidade por aids no estado. Metodologia: Foram analisadas causas de óbito em qualquer campo das declarações de óbito constantes do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) entre 1999 e 2015 para indivíduos ≥ 15 anos. Doenças cardiovasculares, malignidades não relacionadas à aids, causas externas, diabetes melito e tuberculose foram estabelecidas pela menção ou não de seus códigos conforme a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10) nas declarações de óbito. Modelos lineares generalizados com efeitos mistos foram usados para descrever odds ratios relativas a 1999 e variações anuais médias ajustadas. Resultados: Verificaram-se o aumento proporcional em causas externas e doenças geniturinárias e, sobretudo, o persistente papel desempenhado pela tuberculose, impactando diferencialmente a mortalidade por aids no estado, em um cenário de alta mortalidade por doenças infecciosas. Conclusão: Os achados reforçam a manutenção da tuberculose na mortalidade de pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) no Rio de Janeiro e chamam a atenção para a necessidade de avaliar determinantes individuais atuando na redução da sobrevida desses pacientes, de forma a aprimorar o programa de controle do HIV/aids no estado.Associação Brasileira de Saúde Coletiva2020-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100414Revista Brasileira de Epidemiologia v.23 2020reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1980-549720200017info:eu-repo/semantics/openAccessPaula,Adelzon Assis dePires,Denise FranqueiraAlves Filho,PedroLemos,Katia Regina Valente deVeloso,Valdiléa GonçalvesGrinsztejn,BeatrizPacheco,Antonio Guilhermepor2020-03-16T00:00:00Zoai:scielo:S1415-790X2020000100414Revistahttp://www.scielo.br/rbepidhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revbrepi@usp.br1980-54971415-790Xopendoar:2020-03-16T00:00Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false
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