Tendências da morbi-mortalidade por aids e condições socioeconômicas no Município de São Paulo, 1994 a 2001

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farias,Norma
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Cesar,Chester Luiz Galvão
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2004000400011
Resumo: INTRODUÇÃO: As tendências na epidemia de Aids têm se caracterizado pelos diversos contextos socioculturais das populações. OBJETIVO: Descrever a evolução da morbi-mortalidade por aids em indivíduos de 15 a 49 anos no Município de São Paulo, segundo sexo e áreas homogêneas socioeconômicas, no período de 1994 a 2001. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados dados do Programa de DST/AIDS e do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo. As áreas homogêneas foram constituídas a partir do Mapa da Exclusão Social da Cidade: áreas 1 e 2 (centrais e de inclusão); áreas 3, 4 e 5 (mais periféricas e de exclusão). Foram calculados os coeficientes por 100.000 e as razões entre 1995 e 2001, tomando como referência o ano de 1994. REULTADOS: Entre os homens, observou-se diminuição da incidência em todas as áreas desde 1998-1999, e entre as mulheres, no mesmo período, nas quatro primeiras áreas. A queda da incidência e da mortalidade masculina foi maior na área 2: razão 2001/94 = 0,43 e 0,21, e mais lenta nas áreas de exclusão. Entre as mulheres, a área 5 apresentou crescimento da incidência no final do período (54%), e as áreas 3, 4 e 5 apresentaram a menor velocidade de queda na mortalidade. DISCUSSÃO: Entre os homens, o padrão de mortalidade acompanha a morbidade: as áreas mais centrais são as mais atingidas e com maior queda da mortalidade, mas com tendência à "periferização". Entre as mulheres, confirma-se o crescimento mais tardio da epidemia em direção à periferia, e uma tendência de queda na mortalidade inversamente proporcional à exclusão social das áreas.
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