Desigualdades sociais e cobertura vacinal: uso de inquéritos domiciliares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moraes,José Cassio de
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Ribeiro,Manoel Carlos Sampaio de Almeida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2008000500011
Resumo: O Programa Nacional de Imunização, com mais de três décadas de existência, tem desempenhado papel fundamental no controle de importantes doenças imunopreveníveis, atingindo atualmente altas taxas de cobertura vacinal em praticamente todo território nacional. Esta situação instaura a necessidade de se aprimorar as estratégias de avaliação do programa, tanto na busca de indicadores mais precisos, quanto na mensuração e no entendimento das desigualdades sociais relacionadas à cobertura vacinal. Entende-se que a efetividade do programa de imunização, mensurada através da cobertura vacinal de uma população, está condicionada pelo sistema de saúde, pelo próprio programa de imunização e pelas características da população. Inquéritos domiciliares se colocam como uma das melhores estratégias para aprofundar o estudo das desigualdades. Contudo, a escolha da forma de mensurar a desigualdade dá-se em função dos objetivos do estudo. Assim, pode-se tanto avaliar como a vacinação se distribui na população sem distinguir grupos sociais, quanto estimar as desigualdades relativas e absolutas concernentes a grupos socioeconômicos. Por exemplo, os inquéritos de cobertura vacinal realizados em 1998 e 2002 no município de São Paulo, além de mensurarem um ligeiro aumento da cobertura vacinal no período, possibilitaram avaliar que as desigualdades em função de estratos socioeconômicos se modificaram sensivelmente. Em 1998 os estratos mais rico e mais pobre apresentavam as coberturas mais baixas. Em 2002, diferentemente, houve uma clara tendência de aumento da cobertura conforme a piora do estrato socioeconômico.
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