Análise clínica e epidemiológica das internações hospitalares de idosos decorrentes de intoxicações e efeitos adversos de medicamentos, Brasil, de 2004 a 2008
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2012000400014 |
Resumo: | Os idosos são mais suscetíveis aos efeitos adversos dos medicamentos devido a uma diversidade de fatores, tais como o uso excessivo e concomitante de diversos fármacos, erros de administração, alterações fisiológicas no organismo que alteram a farmacodinâmica e a farmacocinética. Com o objetivo de determinar as principais classes terapêuticas envolvidas nas internações hospitalares de idosos decorrentes de intoxicação e efeito adverso de medicamentos, bem como os principais agravos relacionados a esses eventos, foram analisadas 9.793 internações hospitalares de pessoas com 60 anos ou mais, registradas no Brasil pelo Sistema de Internações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), no período de 2004 a 2008. Medicamentos não especificados, antibióticos sistêmicos, psicotrópicos, psicoativos, antiepilépticos, sedativos, hipnóticos e antiparkinsonianos, responderam por 57% do total de internações analisadas. Traumatismos e quedas foram os principais agravos relacionados a intoxicação e efeito adverso de medicamentos. As internações por traumatismo apresentaram relação com analgésicos, antitérmicos e antirreumáticos não opiáceos. Já as quedas estavam associadas aos antibióticos sistêmicos, contrariando os estudos que apontam os psicotrópicos como os principais medicamentos envolvidos nesses eventos. Os resultados encontrados refletem a tendência crescente dos problemas associados ao uso de medicamentos por idosos. Verificou-se que o perfil de consumo não é suficiente para explicar as concentrações de casos nas principais classes terapêuticas. Na busca pelas causas, sugere-se a adoção de programas mais efetivos de farmacovigilância, capazes de monitorar as diferentes etapas do processo de uso de medicamentos: prescrição, dispensação, comercialização, administração e adesão ao tratamento. |
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