Causas externas entre menores de 15 anos em cidade do Sul do Brasil: atendimentos em pronto-socorro, internações e óbitos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins,Christine Baccarat de Godoy
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Andrade,Selma Maffei de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2005000200012
Resumo: OBJETIVO: Identificar causas de atendimento hospitalar ou de morte e lesões entre menores de 15 anos vítimas de causas externas (acidentes ou violências), residentes em Londrina, Paraná, em 2001. MÉTODO: Estudo transversal, com coleta retrospectiva de dados. As informações sobre morbidade foram coletadas em prontuários dos cinco hospitais gerais da cidade, e as de mortalidade no Núcleo de Informação em Mortalidade do Município, com classificação dessas causas e do trauma gerado de acordo com a Classificação Internacional de Doenças. RESULTADOS: Foram estudados 8.854 menores de 15 anos, com 95,7% de atendimento em pronto-socorro e alta. Entre os atendidos em pronto-socorro, com alta, houve predominância de quedas (33,9%), seguidas de eventos de intenção indeterminada (31,8%) e de acidentes causados por forças inanimadas (15,5%), principalmente por penetração de corpo estranho em orifício natural (4,6%) ou através da pele (3,2%). Nesse nível de atenção predominaram traumatismos superficiais (32,9%) e ferimentos (29,3%). Quedas também foram as principais causas entre os internados (32,4%), seguidas de acidentes de transporte (19,5%), acidentes causados por forças inanimadas (15,7%) e envenenamentos (13,5%). Entre os internados, as principais lesões foram traumatismos superficiais (22,0%) e fraturas (19,5%). Acidentes de transporte (44,4%) e afogamento (16,7%) foram as principais causas externas de óbito e o traumatismo crânio-encefálico a principal lesão fatal (50,0%). CONCLUSÕES: As causas e os tipos de lesão diferem segundo o nível de atenção e indicam a necessidade de reestruturação dos serviços de saúde visando descentralizar o atendimento às lesões de menor complexidade.
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