Violência contra a mulher e sua associação com o perfil do parceiro íntimo: estudo com usuárias da atenção primária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite,Franciéle Marabotti Costa
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Luis,Mayara Alves, Amorim,Maria Helena Costa, Maciel,Ethel Leonor Noia, Gigante,Denise Petrucci
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2019000100455
Resumo: RESUMO: Objetivo: Verificar associação entre a história de violência contra a mulher e características sociodemográficas e comportamentais do parceiro íntimo. Métodos: Estudo transversal realizado com 938 mulheres usuárias da atenção básica de saúde, com idade entre 20 e 59 anos e que no momento da entrevista possuíam parceiro íntimo. Foram coletadas informações sobre as características sociodemográficas e comportamentais, do parceiro íntimo, bem como foi aplicado o instrumento World Health Organization Violence Against Woman (WHO VAW Study) para o rastreamento da violência psicológica, física e sexual vivenciada no último ano. Foi realizada análise bivariada, por meio do teste do c2 de Pearson, e multivariada usando regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: As maiores prevalências de violência psicológica, física e sexual estiveram significativamente associadas aos parceiros que não possuíam ocupação e que recusaram o uso do preservativo nas relações sexuais. Homens que foram considerados controladores e que ingeriam bebida alcoólica estiveram associados a maior perpetração de violência psicológica e física (p < 0,05). Parceiros com até 8 anos de escolaridade apresentam maior frequência de prática de violência psicológica (RP = 1,32; IC95% 1,05 - 1,66), enquanto a violência sexual foi significativamente maior entre as mulheres cujos parceiros fumavam (RP = 1,94; IC95% 1,11 - 3,38). Conclusões: Esses dados evidenciam a importância de os profissionais de saúde atuarem juntamente a outros setores, tais como educação e segurança, no enfrentamento ao álcool e outras drogas, bem como na abordagem das questões de gênero.
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