Uso do diagnóstico principal das internações do Sistema Único de Saúde para qualificar a informação sobre causa básica de mortes naturais em idosos
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2016000400713 |
Resumo: | RESUMO: Introdução: Causas mal definidas de morte destacam-se entre idosos devido à alta frequência de comorbidades e consequente dificuldade de definir a causa básica. Objetivo: Analisar a validade e a confiabilidade da informação “diagnóstico principal” da internação hospitalar para recuperação da causa de morte natural de idosos que tiveram originalmente “causas mal definidas” como causa básica nas Declarações de Óbito, ocorridas no estado do Rio de Janeiro, em 2006. Métodos: As bases de dados obtidas dos Sistemas de Informações sobre Mortalidade e de Internação Hospitalar foram relacionadas probabilisticamente. Foram calculados percentuais de concordância, coeficiente Kappa, sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo do diagnóstico principal da internação de idosos que evoluíram para óbito por causas naturais. Óbitos por “causas mal definidas” tiveram uma nova causa definida a partir do diagnóstico principal. Resultados: A confiabilidade do diagnóstico principal foi boa, segundo a concordância percentual total (50,2%), e razoável, conforme o coeficiente Kappa (k = 0,4; p < 0,0001). Doenças do aparelho circulatório e neoplasias ocorreram com maior frequência entre os óbitos e as internações e apresentaram maior concordância e valores preditivos positivos por capítulo e agrupamento da Classificação Internacional de Doenças. A recuperação da causa básica ocorreu em 22,6% dos óbitos por causas mal definidas (n = 14). Conclusão: A metodologia desenvolvida e aplicada para recuperação da causa natural de óbito entre idosos neste estudo tem como vantagens a efetividade e a redução dos custos provenientes de uma investigação do óbito. Esta é recomendada nas situações de registros não relacionados e de baixo valor preditivo positivo. O monitoramento do perfil de mortalidade por causas é necessário para atualização periódica dos valores preditivos. |
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