Mortalidade masculina em três capitais brasileiras, 1979 a 2007
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2013000100087 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: No Brasil, verifica-se maior mortalidade masculina em praticamente todas as idades e na quase totalidade das causas. OBJETIVO: Estimar e descrever a tendência da mortalidade masculina, entre 1979 e 2007, em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). MATERIAL E MÉTODO: As populações de estudo referem-se aos residentes nas três capitais, nos triênios 1979/81, 1990/92, 1999/2001 e 2005/07 e respectivos óbitos. As fontes de dados incluíram Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Sistemas de Informações em Saúde do Brasil. Calcularam-se os coeficientes de mortalidade gerais e específicos (brutos e padronizados). RESULTADOS: Verificaram-se declínio da proporção de crianças e de jovens e crescimento da proporção de idosos. Até 24 anos, os homens predominaram na população; a partir daí observaram-se maiores participações femininas e razões de sexos cada vez mais baixas, evidenciando, entre idosos, maior presença de mulheres, fato associado à elevada mortalidade masculina. Houve perda intensa de jovens por causas externas. Em 2005/07, este grupo correspondeu à principal causa de morte masculina até a faixa de 40-44 anos. Nos grupos etários seguintes, as doenças circulatórias foram a principal causa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As localidades evidenciam características de cidades em desenvolvimento, com redução da fecundidade, aumento da sobrevivência e envelhecimento populacional. As estimativas do elevado risco de morrer dos homens tornam clara sua vulnerabilidade, demandando ações que possibilitem redução da mortalidade por causas evitáveis, eliminando comportamentos de risco e incentivando hábitos saudáveis. Só assim haverá aumento da esperança de vida e redução das diferenças entre as mortalidades feminina e masculina. |
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