Doença cerebrovascular no Brasil de 1990 a 2015: Global Burden of Disease 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lotufo,Paulo Andrade
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Goulart,Alessandra Carvalho, Passos,Valéria Maria de Azeredo, Satake,Fabio Mitsuhiro, Souza,Maria de Fátima Marinho de, França,Elizabeth Barbosa, Ribeiro,Antônio Luiz Pinho, Bensenõr,Isabela Judith Martins
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2017000500129
Resumo: RESUMO: Objetivo: Verificar as tendências temporais das taxas de mortalidade, dos anos de vida perdidos (years of life lost - YLL) e dos anos de vida perdidos devido à incapacidade (years lost due to disability - YLD) motivadas pela doença cerebrovascular no Brasil entre 1990 e 2015. Métodos: Utilizou-se as informações do Global Burden of Diseases 2015 (GBD 2015) para analisar a magnitude e as tendências das taxas de mortalidade e dos anos de vida ajustados por incapacidade (DALY - disability-adjusted life years) nas 27 unidades da Federação, entre 1990 e 2015, pela doença cerebrovascular (CID-10: I-60-69). Os estados brasileiros foram analisados pelo índice de desenvolvimento social (IDS), composto por renda per capita, proporção de escolaridade formal aos 15 anos e taxa de fecundidade. Resultados: Apesar do aumento do número absoluto de mortes pela doença cerebrovascular, a proporção de mortes abaixo dos 70 anos de idade reduziu pela metade entre 1990 e 2015. A aceleração da queda foi maior entre as mulheres, e mais acentuada no período de 1990 e 2005 do que de 2005 a 2015. O risco de morte reduziu-se à metade em todo o país; porém, os estados no tercil inferior tiveram reduções menos expressivas para homens e mulheres (respectivamente, -1,23 e -1,84% ao ano), comparados aos no tercil médio (-1,94 e -2,22%) e no tercil superior (-2,85 e -2,82%). Os anos perdidos por incapacidade também apresentam redução entre os estados, mas de forma menos expressiva. Conclusão: Apesar da redução das taxas ajustadas por idade em todo o país, a doença cerebrovascular ainda apresenta alta carga de doença, principalmente nos estados com menor desenvolvimento socioeconômico.
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