Preenchimento da notificação compulsória em serviços de saúde que atendem mulheres que sofrem violência sexual
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000100094 |
Resumo: | OBJETIVO: Avaliar a proporção de serviços de saúde (SSs) que preenchem a notificação compulsória e quais os principais obstáculos para o preenchimento de tal documento. MÉTODOS: Realizou-se um estudo com abordagem mista. Para a abordagem quantitativa, foi realizado um estudo de corte transversal, com coleta de dados por telefone. Foram identificados 291 SSs no Estado de São Paulo que referiam dar atendimento a mulheres que sofrem violência sexual. A amostra foi composta por 172 serviços que referiram prestar atendimento de emergência às mulheres. Na abordagem qualitativa realizaram-se estudos de casos, com amostra intencional e de conveniência. Foram escolhidos seis municípios, nos quais foram entrevistados profissionais de dois SSs. Realizaram-se 45 entrevistas semiestruturadas. Para os dados quantitativos, realizou-se uma análise descritiva simples. Para os dados qualitativos, realizou-se análise temática do conteúdo das entrevistas. RESULTADOS: A proporção de serviços que referiram sempre preencher a ficha de notificação em casos de violência sexual foi de 79,1%. Mais da metade (53,5%) referiu dificuldades relativas às mulheres atendidas, um terço referiu motivos referentes à ficha e 29,7% reportaram dificuldades relacionadas aos profissionais. Na etapa qualitativa, as dificuldades mais referidas foram o tamanho da ficha, os problemas para se obter as informações da mulher e a dificuldade do profissional em obter essas informações. CONCLUSÃO: Embora a maior parte dos SSs tenha referido preencher a ficha de notificação compulsória, mencionou também várias dificuldades para fazê-lo, especialmente relacionadas à sobrecarga de trabalho dos profissionais e à incompreensão acerca da importância dessa notificação no contexto da atenção integral às mulheres que sofrem violência sexual. |
id |
ABRASCO-1_aa14e0bdc171ca4a12c9a466b388949d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1415-790X2015000100094 |
network_acronym_str |
ABRASCO-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Preenchimento da notificação compulsória em serviços de saúde que atendem mulheres que sofrem violência sexualViolência sexualMulheresServiços de saúdeAtendimento de emergênciaNotificação de doençasViolência contra a mulher OBJETIVO: Avaliar a proporção de serviços de saúde (SSs) que preenchem a notificação compulsória e quais os principais obstáculos para o preenchimento de tal documento. MÉTODOS: Realizou-se um estudo com abordagem mista. Para a abordagem quantitativa, foi realizado um estudo de corte transversal, com coleta de dados por telefone. Foram identificados 291 SSs no Estado de São Paulo que referiam dar atendimento a mulheres que sofrem violência sexual. A amostra foi composta por 172 serviços que referiram prestar atendimento de emergência às mulheres. Na abordagem qualitativa realizaram-se estudos de casos, com amostra intencional e de conveniência. Foram escolhidos seis municípios, nos quais foram entrevistados profissionais de dois SSs. Realizaram-se 45 entrevistas semiestruturadas. Para os dados quantitativos, realizou-se uma análise descritiva simples. Para os dados qualitativos, realizou-se análise temática do conteúdo das entrevistas. RESULTADOS: A proporção de serviços que referiram sempre preencher a ficha de notificação em casos de violência sexual foi de 79,1%. Mais da metade (53,5%) referiu dificuldades relativas às mulheres atendidas, um terço referiu motivos referentes à ficha e 29,7% reportaram dificuldades relacionadas aos profissionais. Na etapa qualitativa, as dificuldades mais referidas foram o tamanho da ficha, os problemas para se obter as informações da mulher e a dificuldade do profissional em obter essas informações. CONCLUSÃO: Embora a maior parte dos SSs tenha referido preencher a ficha de notificação compulsória, mencionou também várias dificuldades para fazê-lo, especialmente relacionadas à sobrecarga de trabalho dos profissionais e à incompreensão acerca da importância dessa notificação no contexto da atenção integral às mulheres que sofrem violência sexual.Associação Brasileira de Saúde Coletiva2015-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000100094Revista Brasileira de Epidemiologia v.18 n.1 2015reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1980-5497201500010008info:eu-repo/semantics/openAccessSousa,Maria Helena deBento,Silvana FerreiraOsis,Maria José DuarteRibeiro,Meire de PaulaFaúndes,Anibalpor2016-03-07T00:00:00Zoai:scielo:S1415-790X2015000100094Revistahttp://www.scielo.br/rbepidhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revbrepi@usp.br1980-54971415-790Xopendoar:2016-03-07T00:00Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Preenchimento da notificação compulsória em serviços de saúde que atendem mulheres que sofrem violência sexual |
title |
Preenchimento da notificação compulsória em serviços de saúde que atendem mulheres que sofrem violência sexual |
spellingShingle |
Preenchimento da notificação compulsória em serviços de saúde que atendem mulheres que sofrem violência sexual Sousa,Maria Helena de Violência sexual Mulheres Serviços de saúde Atendimento de emergência Notificação de doenças Violência contra a mulher |
title_short |
Preenchimento da notificação compulsória em serviços de saúde que atendem mulheres que sofrem violência sexual |
title_full |
Preenchimento da notificação compulsória em serviços de saúde que atendem mulheres que sofrem violência sexual |
title_fullStr |
Preenchimento da notificação compulsória em serviços de saúde que atendem mulheres que sofrem violência sexual |
title_full_unstemmed |
Preenchimento da notificação compulsória em serviços de saúde que atendem mulheres que sofrem violência sexual |
title_sort |
Preenchimento da notificação compulsória em serviços de saúde que atendem mulheres que sofrem violência sexual |
author |
Sousa,Maria Helena de |
author_facet |
Sousa,Maria Helena de Bento,Silvana Ferreira Osis,Maria José Duarte Ribeiro,Meire de Paula Faúndes,Anibal |
author_role |
author |
author2 |
Bento,Silvana Ferreira Osis,Maria José Duarte Ribeiro,Meire de Paula Faúndes,Anibal |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sousa,Maria Helena de Bento,Silvana Ferreira Osis,Maria José Duarte Ribeiro,Meire de Paula Faúndes,Anibal |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Violência sexual Mulheres Serviços de saúde Atendimento de emergência Notificação de doenças Violência contra a mulher |
topic |
Violência sexual Mulheres Serviços de saúde Atendimento de emergência Notificação de doenças Violência contra a mulher |
description |
OBJETIVO: Avaliar a proporção de serviços de saúde (SSs) que preenchem a notificação compulsória e quais os principais obstáculos para o preenchimento de tal documento. MÉTODOS: Realizou-se um estudo com abordagem mista. Para a abordagem quantitativa, foi realizado um estudo de corte transversal, com coleta de dados por telefone. Foram identificados 291 SSs no Estado de São Paulo que referiam dar atendimento a mulheres que sofrem violência sexual. A amostra foi composta por 172 serviços que referiram prestar atendimento de emergência às mulheres. Na abordagem qualitativa realizaram-se estudos de casos, com amostra intencional e de conveniência. Foram escolhidos seis municípios, nos quais foram entrevistados profissionais de dois SSs. Realizaram-se 45 entrevistas semiestruturadas. Para os dados quantitativos, realizou-se uma análise descritiva simples. Para os dados qualitativos, realizou-se análise temática do conteúdo das entrevistas. RESULTADOS: A proporção de serviços que referiram sempre preencher a ficha de notificação em casos de violência sexual foi de 79,1%. Mais da metade (53,5%) referiu dificuldades relativas às mulheres atendidas, um terço referiu motivos referentes à ficha e 29,7% reportaram dificuldades relacionadas aos profissionais. Na etapa qualitativa, as dificuldades mais referidas foram o tamanho da ficha, os problemas para se obter as informações da mulher e a dificuldade do profissional em obter essas informações. CONCLUSÃO: Embora a maior parte dos SSs tenha referido preencher a ficha de notificação compulsória, mencionou também várias dificuldades para fazê-lo, especialmente relacionadas à sobrecarga de trabalho dos profissionais e à incompreensão acerca da importância dessa notificação no contexto da atenção integral às mulheres que sofrem violência sexual. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000100094 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000100094 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/1980-5497201500010008 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Saúde Coletiva |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Saúde Coletiva |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Epidemiologia v.18 n.1 2015 reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online) instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) instacron:ABRASCO |
instname_str |
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) |
instacron_str |
ABRASCO |
institution |
ABRASCO |
reponame_str |
Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
collection |
Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revbrepi@usp.br |
_version_ |
1754212953969655808 |