Anemia ferropriva em escolares da primeira série do ensino fundamental da rede pública de educação de uma região de Brasília, DF

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Heijblom,Gracy Santos
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Santos,Leonor Maria Pacheco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2007000200013
Resumo: A anemia ferropriva é a deficiência de micronutriente mais prevalente no mundo. É particularmente deletéria em escolares, pois crianças anêmicas são sonolentas e prestam menos atenção. Como conseqüência, pode levar ao alto absenteísmo e baixo rendimento escolar. Realizou-se um estudo transversal com amostra probabilística de 424 alunos de 6 a 11 anos, da 1ª série do ensino fundamental de escolas públicas da Regional Norte de Saúde de Brasília. Os objetivos foram avaliar a prevalência de anemia e comparar o resultado obtido em 2004 com aquele de estudo similar realizado na mesma área em 1998. A hemoglobina (Hb) foi determinada em amostra de sangue digital, usando Hemocue®. Dois pontos de corte foram adotados para classificar anemia, ambos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde: Hb<11,5g/dL e Hb<12,0 g/dL. O retardo pondero-estatural foi diagnosticado quando os indicadores Altura/Idade (A/I), Peso/Idade (P/I) e Peso/Altura (P/A) encontravam-se abaixo de -2,0 desvios-padrão da referência NCHS. A prevalência de anemia foi de 12,5% e 11,9% (Hb<11,5g/dL) e de 26,9% e 21,5% (Hb<12,0g/dL) em 2004 e 1998, respectivamente. A prevalência de anemia aumentou entre os inquéritos, mas não houve diferença estatisticamente significativa. Tampouco houve associação estatisticamente significativa entre retardo do crescimento e anemia. Observa-se presença importante de anemia entre os escolares, o que justifica a implementação de políticas públicas específicas para o enfrentamento do problema, a exemplo da fortificação de farinhas de trigo e milho com ferro, tornada obrigatória em 2004.
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