Desvantagem auditiva psicossocial e fatores associados em trabalhadores do setor da construção em Mato Grosso, Brasil
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2017000300501 |
Resumo: | RESUMO: Objetivo: Estimar a prevalência e analisar os fatores associados ao handicap auditivo autorreferido por trabalhadores do setor da construção do estado de Mato Grosso, Brasil. Métodos: Foi realizado estudo transversal com 866 trabalhadores da construção civil e pesada. Os trabalhadores responderam a um inquérito epidemiológico subdividido em: dados de identificação; dados sociodemográficos; estilo de vida; características do ambiente de trabalho; fatores de exposição ocupacional; medidas de proteção auditiva; e questionário de handicap auditivo para quantificar as consequências psicossociais da perda auditiva relacionada ao trabalho. Resultados: A prevalência do handicap auditivo entre os trabalhadores do setor da construção foi de 14,43% (n = 125). Foram referidas 311 queixas emocionais e sociais em função dos problemas de audição. O handicap auditivo foi associado com: faixa etária de 60 anos ou mais (RP = 1,94; IC95% 1,01 - 3,71); etilismo (RP = 1,94; IC95% 1,38 - 2,73); exposição direta a ruídos (RP = 1,75; IC95% 1,03 - 2,97); exposição à poeira (RP = 1,59; IC95% 1,13 - 2,24); não uso de abafador do tipo inserção (RP = 1,39; IC95% 1,00 - 1,93); e não uso de boné do tipo árabe (RP = 1,52; IC95% 1,09 - 2,13). Conclusão: Os trabalhadores do setor da construção autorreferiram alta presença de handicap auditivo, sendo associada a: possuir 60 anos ou mais; etilismo; exposição a ruídos e poeira; não uso de abafador do tipo inserção; e não uso de boné do tipo árabe. Portanto, faz-se necessária a implementação de políticas que visem à conservação da saúde auditiva dos trabalhadores da construção civil e pesada. |
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Desvantagem auditiva psicossocial e fatores associados em trabalhadores do setor da construção em Mato Grosso, BrasilPerda auditivaImpacto psicossocialQualidade de vidaSaúde do trabalhadorExposição ocupacionalIndústria da construçãoRESUMO: Objetivo: Estimar a prevalência e analisar os fatores associados ao handicap auditivo autorreferido por trabalhadores do setor da construção do estado de Mato Grosso, Brasil. Métodos: Foi realizado estudo transversal com 866 trabalhadores da construção civil e pesada. Os trabalhadores responderam a um inquérito epidemiológico subdividido em: dados de identificação; dados sociodemográficos; estilo de vida; características do ambiente de trabalho; fatores de exposição ocupacional; medidas de proteção auditiva; e questionário de handicap auditivo para quantificar as consequências psicossociais da perda auditiva relacionada ao trabalho. Resultados: A prevalência do handicap auditivo entre os trabalhadores do setor da construção foi de 14,43% (n = 125). Foram referidas 311 queixas emocionais e sociais em função dos problemas de audição. O handicap auditivo foi associado com: faixa etária de 60 anos ou mais (RP = 1,94; IC95% 1,01 - 3,71); etilismo (RP = 1,94; IC95% 1,38 - 2,73); exposição direta a ruídos (RP = 1,75; IC95% 1,03 - 2,97); exposição à poeira (RP = 1,59; IC95% 1,13 - 2,24); não uso de abafador do tipo inserção (RP = 1,39; IC95% 1,00 - 1,93); e não uso de boné do tipo árabe (RP = 1,52; IC95% 1,09 - 2,13). Conclusão: Os trabalhadores do setor da construção autorreferiram alta presença de handicap auditivo, sendo associada a: possuir 60 anos ou mais; etilismo; exposição a ruídos e poeira; não uso de abafador do tipo inserção; e não uso de boné do tipo árabe. Portanto, faz-se necessária a implementação de políticas que visem à conservação da saúde auditiva dos trabalhadores da construção civil e pesada.Associação Brasileira de Saúde Coletiva2017-07-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2017000300501Revista Brasileira de Epidemiologia v.20 n.3 2017reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1980-5497201700030012info:eu-repo/semantics/openAccessSantos,Andréia Cristina Munzlinger dosSilva,Ageo Mário Cândido daLuccia,Gabriela Coelho Pereira deBotelho,ClóvisRiva,Delma Regina Dellapor2017-11-06T00:00:00Zoai:scielo:S1415-790X2017000300501Revistahttp://www.scielo.br/rbepidhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revbrepi@usp.br1980-54971415-790Xopendoar:2017-11-06T00:00Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false |
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