Confiabilidade dos dados antropométricos obtidos em crianças atendidas na Rede Básica de Saúde de Alagoas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2010000100007 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O monitoramento do crescimento infantil constitui-se em importante ferramenta para a construção de indicadores úteis ao planejamento de políticas e ações de atenção à saúde da criança. Para isso é necessário que os dados antropométricos obtidos apresentem satisfatória confiabilidade. OBJETIVO: Investigar a confiabilidade dos dados antropométricos produzidos nos Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS) do SUS em Alagoas. MÉTODOS: Para composição da amostra, sortearam-se 20 dentre os 102 municípios do Estado. Em seguida, dois EAS por município e, nestes, cerca de dez crianças menores de cinco anos. A amostra foi constituída de 40 EAS e 347 crianças. As medidas antropométricas (peso e estatura) foram aferidas (1) na rotina do serviço (S); (2) pelo pesquisador utilizando equipamento padrão (P) e; (3) pesquisador usando equipamentos do serviço (PS). RESULTADOS: A aplicação do teste Kappa indicou concordância "substancial" (K = 0,69) nas classificações de peso-para-idade (PI) entre S e P e "quase perfeita" (K = 0,83) entre PS e P. Quanto à altura-para-idade (AI), a concordância entre S e P foi "discreta" (K = 0,27), passando a "moderada" (K = 0,56) entre PS e P. O Erro Técnico da Medição segundo faixas etárias (</> 24 meses) indicou problemas na técnica e nos equipamentos. As medidas de peso corporal obtidas em S foram sistematicamente superestimadas (p < 0,05; teste dos sinais), o que determinou baixa sensibilidade e uma elevada taxa de falsos negativos (38,5% para PI e 57,1% para AI). CONCLUSÃO: A baixa confiabilidade observada para a variável altura, desaconselha sua utilização na construção de indicadores de saúde até que os EAS sejam dotados de estadiômetros adequados e pessoal qualificado a utilizá-los. Quanto à variável peso, embora possa ser utilizada, é necessário melhorar sua qualidade por meio da capacitação dos antropometristas e da aquisição e/ou manutenção dos equipamentos. |
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