Não realização de teste sorológico para sífilis durante o pré-natal: prevalência e fatores associados
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100407 |
Resumo: | RESUMO: Introdução: A sífilis é uma doença de transmissão sexual de diagnóstico e tratamento fáceis, mas de incidência crescente no Brasil. Este estudo mediu prevalência, avaliou tendência e identificou fatores associados à não realização de exame sorológico para sífilis no pré-natal em Rio Grande, RS. Metodologia: Trata-se de inquérito transversal que incluiu todas as gestantes residentes nesse município que tiveram filho entre 1º de janeiro e 31 de dezembro nos anos de 2007, 2010 e 2013. Aplicou-se à mãe questionário único, padronizado em até 48 horas após o parto, quando ainda na maternidade. Utilizaram-se teste χ2 para proporções e para tendência linear e regressão de Poisson com ajuste robusto na análise multivariável. A medida de efeito usada foi razão de prevalências (RP). Resultados: Entre as 7.351 mães que passaram por pelo menos uma consulta, a prevalência de não realização de sorologia para sífilis nos três anos foi de 2,9% (intervalo de confiança de 95% - IC95% 2,56 - 3,33), sendo de 3,3% (IC95% 2,56 - 3,97) em 2007, 2,8% (IC95% 2,20 - 3,52) em 2010 e 2,7% (IC95% 2,12 - 3,38) em 2013. Mães de cor da pele preta, de baixa renda familiar e escolaridade e que passam por poucas consultas apresentaram maior RP à não realização desse exame. Discussão: A prevalência de não realização praticamente não se modificou no período, com maior probabilidade de não realização entre aquelas de maior risco gestacional. Conclusões: Alcançar mães de pior nível socioeconômico, reestruturar os serviços locais de saúde, aperfeiçoar sua operacionalização a fim de melhorar a qualidade da assistência pré-natal parecem mandatórios nesse município. |
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Não realização de teste sorológico para sífilis durante o pré-natal: prevalência e fatores associadosCuidado pré-natalGestantesSorologiaSífilisRESUMO: Introdução: A sífilis é uma doença de transmissão sexual de diagnóstico e tratamento fáceis, mas de incidência crescente no Brasil. Este estudo mediu prevalência, avaliou tendência e identificou fatores associados à não realização de exame sorológico para sífilis no pré-natal em Rio Grande, RS. Metodologia: Trata-se de inquérito transversal que incluiu todas as gestantes residentes nesse município que tiveram filho entre 1º de janeiro e 31 de dezembro nos anos de 2007, 2010 e 2013. Aplicou-se à mãe questionário único, padronizado em até 48 horas após o parto, quando ainda na maternidade. Utilizaram-se teste χ2 para proporções e para tendência linear e regressão de Poisson com ajuste robusto na análise multivariável. A medida de efeito usada foi razão de prevalências (RP). Resultados: Entre as 7.351 mães que passaram por pelo menos uma consulta, a prevalência de não realização de sorologia para sífilis nos três anos foi de 2,9% (intervalo de confiança de 95% - IC95% 2,56 - 3,33), sendo de 3,3% (IC95% 2,56 - 3,97) em 2007, 2,8% (IC95% 2,20 - 3,52) em 2010 e 2,7% (IC95% 2,12 - 3,38) em 2013. Mães de cor da pele preta, de baixa renda familiar e escolaridade e que passam por poucas consultas apresentaram maior RP à não realização desse exame. Discussão: A prevalência de não realização praticamente não se modificou no período, com maior probabilidade de não realização entre aquelas de maior risco gestacional. Conclusões: Alcançar mães de pior nível socioeconômico, reestruturar os serviços locais de saúde, aperfeiçoar sua operacionalização a fim de melhorar a qualidade da assistência pré-natal parecem mandatórios nesse município.Associação Brasileira de Saúde Coletiva2020-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100407Revista Brasileira de Epidemiologia v.23 2020reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1980-549720200012info:eu-repo/semantics/openAccessCesar,Juraci AlmeidaCamerini,Adriana VieiraPaulitsch,Renata GomesTerlan,Rodrigo Jacobipor2020-02-17T00:00:00Zoai:scielo:S1415-790X2020000100407Revistahttp://www.scielo.br/rbepidhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revbrepi@usp.br1980-54971415-790Xopendoar:2020-02-17T00:00Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false |
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