Perdas fetais espontâneas e voluntárias no Brasil em 1999-2000: um estudo de fatores associados
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2013000100018 |
Resumo: | Apesar de ilegal no Brasil, cerca de 31% das gestações terminam em aborto. A maioria dos abortamentos provocados é realizada por pessoas não capacitadas, e em condições inseguras, resultando em aumento da mortalidade feminina. O presente estudo utilizou dados de uma amostra representativa de 3.047 puérperas, de 1999-2000, de corte transversal, parte de estudo multicêntrico nacional sobre soroprevalência de sífilis no Brasil. Destas, foram analisadas 1.838 puérperas com pelo menos uma gravidez anterior à gravidez de referência. Os desfechos estudados foram perdas fetais prévias (voluntária e espontânea) e ausência de perda fetal prévia. A análise foi conduzida por meio de regressão logística multinomial. Os resultados indicaram alto número de perdas fetais por mulher (até seis) e 31% das perdas foram voluntárias. A ausência de pré-natal, a história de DST na gravidez de referência e a ausência de filhos vivos aumentaram a ocorrência de perdas fetais. Para as perdas voluntárias, a raça/cor não branca, mais de um parceiro no ano anterior e idade precoce à primeira relação sexual também concorreram para o aumento da ocorrência. Características de vulnerabilidade destas mulheres devem ser consideradas em programas de planejamento familiar e de aconselhamento de mulheres, focalizando aquelas que já tiveram abortos, para a redução do número e consequências deste procedimento. |
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