Analisando a problemática do risco em casais que vivem em situação de sorodiscordância

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amorim,Camila Miranda de
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Szapiro,Ana Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000600021
Resumo: Este artigo relata um estudo feito com pessoas que vivem em situação de sorodiscordância - caracterizada pela parceria entre uma pessoa soropositiva para o HIV e outra não - e busca compreender de que modo elas convivem com essa condição que pode se apresentar como uma constante prática de risco. Foram realizadas, no Centro de Testagem e Aconselhamento do Hospital Escola São Francisco de Assis da Universidade Federal do Rio de Janeiro, quinze entrevistas com usuários que vivem em situação de sorodiscordância. O temor de transmitir o vírus HIV ao (à) parceiro (a) soronegativo (a) apareceu como uma constante. Além do medo, dificuldades para conversar sobre o assunto, planejar o futuro e manter uma vida sexual considerada satisfatória também se destacaram. O uso do preservativo não aparece como algo adotado facilmente. Os entrevistados apontam outros fatores em jogo no exercício das práticas sexuais com prevenção efetiva - para além do conhecimento sobre as formas de infecção pelo vírus. Tais fatores parecem depender mais diretamente das possibilidades de cada um dos parceiros em construir uma identidade do casal diante de uma nova realidade que traz risco. Paradoxalmente, o risco de infecção que está sempre num outro, neste caso, está num outro muito próximo, do qual depende, inclusive, a permanência do casal.
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