Automedicação: uma abordagem qualitativa de suas motivações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Naves,Janeth de Oliveira Silva
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Castro,Lia Lusitana Cardozo de, Carvalho,Christine Maria Soares de, Merchán-Hamann,Edgar
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000700087
Resumo: A automedicação é uma prática comum que pode retardar o diagnóstico e cura e contribuir para a manutenção da cadeia de transmissão de doenças. Realizou-se pesquisa qualitativa para investigar a ocorrência da automedicação, suas motivações e a qualidade do atendimento em farmácias.O estudo realizou três grupos focais em um serviço de referência para o tratamento de DST em Brasília (DF). A análise de discurso crítica revelou que a automedicação era frequente e motivada pela insatisfação com a demora e a baixa qualidade do atendimento nos serviços de saúde. Outras motivações citadas foram a experiência prévia com medicamentos, o aconselhamento com amigos e familiares e a busca de anonimato nas farmácias.Verificou-se insatisfação com a qualidade do atendimento nas farmácias, vistas como estabelecimentos comerciais mas que se apresentam como alternativa de fácil acesso. A identidade de farmacêuticos se confunde com a dos vendedores que objetivam o lucro. Observou-se a centralidade dos medicamentos nas expectativas dos pacientes e nas práticas médicas. Os resultados sugerem a necessidade de melhorar o acesso, de resgatar a humanização do atendimento nos serviços de saúde e de transformar as farmácias em estabelecimentos de saúde, divulgadores de práticas educativas e promotores do uso racional de medicamentos.
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