Os protocolos e a decisão médica: medicina baseada em vivências e ou evidências?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000400038 |
Resumo: | O objetivo geral do trabalho é compreender as concepções e interesses sobre transmutar a fundamentação da prática cotidiana do conhecimento produzido pela experiência para modelos probabilísticos da epidemiologia. O objeto é a argumentação e as práticas em torno de consenso sobre critérios de conhecimento válidos às decisões diagnósticas e terapêuticas. O ponto de partida é o estudo de Fleck, no qual os fatos não são objetivamente dados, mas coletiva e contingencialmente criados em adequação a um estilo de pensamento. Nossa estratégia de pesquisa foi a observação etnográfica do round e das reuniões clínicas numa unidade de terapia cardiointensiva cirúrgica, no Rio de Janeiro. A análise baseou-se nos trabalhos de Knorr-Cetina, (arena transepistêmica) e teoria da argumentação de Perelman. A pesquisa revelou a consolidação da tendência de incorporação de critérios explícitos de relação custo-benefício e interesses relativos a distintos agentes, como categoria médica, governos, complexo médico-industrial, na introdução dos protocolos. Demonstrou utilização ambivalente: protocolos/estudos científicos e experiência clínica. Chamou a atenção um certo ceticismo e inabilidade dos médicos na utilização das ferramentas de análise do estilo de pensamento epidemiológico. |
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