Então, minha filha, vamos se afomentar?Puxação, parteiras e reprodução em Melgaço, Pará
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000300011 |
Resumo: | Neste artigo, são apresentados dados etnográficos, coletados entre 2004 e 2005, relativos ao atendimento obstétrico oferecido por um grupo de 21 parteiras na cidade de Melgaço, estado do Pará, Brasil. A literatura já descreveu amplamente o trabalho das parteiras domiciliares no Brasil e em diversos países do mundo, mas há uma prática que foi muito pouco analisada até então. Este artigo tem como objetivo discutir mais precisamente a prática da puxação, massagem abdominal realizada sobretudo em gestantes. A puxação tem como objetivo aliviar indisposições, informar a posição e sexo do feto, a previsão da data e local do parto, socializar a mulher para a maternidade e contextualizar a gestação dentro dos padrões locais de reprodução, família, bem-estar e saúde. O que se observa é que estas parteiras oferecem um serviço pré-natal muito próprio e adequado às necessidades específicas das mulheres da cidade. Mesmo que o parto domiciliar esteja sendo paulatinamente substituído pelo parto hospitalar, este atendimento personalizado tem se ampliado. |
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Neste artigo, são apresentados dados etnográficos, coletados entre 2004 e 2005, relativos ao atendimento obstétrico oferecido por um grupo de 21 parteiras na cidade de Melgaço, estado do Pará, Brasil. A literatura já descreveu amplamente o trabalho das parteiras domiciliares no Brasil e em diversos países do mundo, mas há uma prática que foi muito pouco analisada até então. Este artigo tem como objetivo discutir mais precisamente a prática da puxação, massagem abdominal realizada sobretudo em gestantes. A puxação tem como objetivo aliviar indisposições, informar a posição e sexo do feto, a previsão da data e local do parto, socializar a mulher para a maternidade e contextualizar a gestação dentro dos padrões locais de reprodução, família, bem-estar e saúde. O que se observa é que estas parteiras oferecem um serviço pré-natal muito próprio e adequado às necessidades específicas das mulheres da cidade. Mesmo que o parto domiciliar esteja sendo paulatinamente substituído pelo parto hospitalar, este atendimento personalizado tem se ampliado. |
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