Caracterização da comunicação entre progenitores e filhos adolescentes: estudo das variáveis sociodemográficas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Portugal,Alda Patrícia Marques
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Alberto,Isabel Maria Marques
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232015000501389
Resumo: A comunicação estabelecida entre progenitores e filhos adolescentes parece depender, em grande medida, de algumas características sociodemográficas. Objetivo: Análise da comunicação em famílias com filhos adolescentes, considerando as variáveis: sexo, área de residência, nível socioeconómico, escolaridade e estrutura familiar. Método: Através de um desenho quantitativo/transversal, aplicou-se a Escala de Avaliação da Comunicação na Parentalidade a 336 pais e 268 adolescentes. Resultados: Verifica-se que: os rapazes tendem a partilhar os seus problemas com os progenitores do sexo masculino; as mães destacam-se na perceção de maior expressão do afeto/apoio emocional; não se registram diferenças significativas ao nível do sexo no conflito comunicacional; membros de classes socioeconómicas altas e de contextos urbanos percepcionam melhor comunicação; e filhos de famílias pós-divórcio revelam partilhar mais os seus problemas com as mães do que filhos de agregados monoparentais. Conclusões: A influência de algumas variáveis sociodemográficas sobre a comunicação permite o desenho de intervenções clínicas concretas, sugerindo a necessidade de se prestar maior atenção a contextos particulares (classes rurais e socioeconómicas baixas). Estes resultados desmistificam a crença de que as famílias pós-divórcio têm mais dificuldades do que famílias nucleares intactas.
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