Trabalho artesanal, cadências infernais e lesões por esforços repetitivos: estudo de caso em uma comunidade de mariscadeiras na Ilha de Maré, Bahia
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000900005 |
Resumo: | O trabalho artesanal persiste no país, cuja abordagem deve considerar particularidades sociais distintas das relações assalariadas. O objetivo foi analisar o processo de trabalho artesanal e suas relações com a saúde em uma comunidade de pescadores artesanais, particularmente nas atividades de pesca extrativa de mariscos. Estudar as cadências e contingenciamentos de tempo e outras condições de trabalho relacionadas ao desenvolvimento de patologias como lesões por esforços repetitivos - LER. Realizou-se um estudo qualitativo, ou etnográfico, no período de 2005 a 2007, em uma comunidade de 800 habitantes, situada em Ilha de Maré - Bahia. Foram entrevistados 30 pescadores e familiares, observados as atividades no trabalho e os casos suspeitos de LER encaminhados para serviço ambulatorial especializado. Evidenciou-se a gravidade das condições de trabalho, em particular para enfermidades LER. Em um modo de extração de mariscos, verificou-se a frequência média de 10.200 movimentos repetitivos por hora, enquanto, para a atividade de digitador, a norma oficial estabelece o limite de 8.000 toques por hora. Concluiu-se que as mariscadeiras devem ser incluídas dentre os grupos sociais de riscos que realizam esforços excessivos e repetitivos do sistema músculo-esquelético nas atividades do trabalho. |
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