Sobre a varíola e as práticas da vacinação em Minas Gerais (Brasil) no século XIX

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira,Anny Jackeline Torres
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Marques,Rita de Cássia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000200003
Resumo: Este artigo analisa o impacto da varíola e da prática da vacinação antivariólica em Minas Gerais durante o período imperial brasileiro (1822-1889). Apesar da presença de órgãos que visavam à organização e à propagação da vacina no país desde o início do século XIX, identifica-se, pela documentação relativa à saúde pública produzida pelas autoridades provinciais, uma série de fatores de natureza administrativa e cultural que influenciaram negativamente na plena implementação quer da vacina quer da estrutura organizada no período visando à sua difusão. Seguindo as proposições da historiografia dedicada ao tema, discute-se que, apesar da tendência à centralização observada em diferentes esferas da administração no processo de estruturação do Estado Imperial, no âmbito da saúde e, particularmente, no âmbito do serviço de vacinação antivariólica, prevaleceu uma desarticulação entre os diferentes agentes responsáveis pela implementação e o controle desse serviço. Outro aspecto que contribuiu para as dificuldades relativas à implementação desse serviço foi a grande resistência da população em submeter-se à vacina e que pode ser entendida pela análise das percepções sociais construídas sobre a doença e o método da vacinação.
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