Entre cuidar e vigiar: ambiguidades e contradições no discurso de uma agente penitenciária
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232014000702245 |
Resumo: | O artigo tem como objetivo verificar de que modo o discurso de uma agente penitenciária que trabalha com mulheres encarceradas reflete de formas diversas a contradição inerente à instituição prisão, a saber, sua dupla missão de punir e ressocializar criminosos. Os dados coletados em uma penitenciária feminina do Rio Grande do Sul foram analisados através da Análise Crítica do Discurso, que tem como objetivo entender de que forma as produções discursivas refletem relações sociais de poder. A análise nos mostra que a prática desta agente fundamenta-se simultaneamente em ideologias punitivas e ressocializadoras, expressas em sentimentos contraditórios de raiva e carinho em relação às detentas. Os resultados nos apontam para a centralidade de gênero na relação estabelecida entre agentes e presas. Portanto, o fato de ser uma agente mulher cuidando e vigiando outras mulheres dota esta relação cotidiana de uma complexidade ainda maior, que extrapola os limites impostos pela prisão. |
id |
ABRASCO-2_771e73a6693bc9a9bbe018b7562508ad |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1413-81232014000702245 |
network_acronym_str |
ABRASCO-2 |
network_name_str |
Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Entre cuidar e vigiar: ambiguidades e contradições no discurso de uma agente penitenciáriaGêneroPrisãoAgente penitenciáriaO artigo tem como objetivo verificar de que modo o discurso de uma agente penitenciária que trabalha com mulheres encarceradas reflete de formas diversas a contradição inerente à instituição prisão, a saber, sua dupla missão de punir e ressocializar criminosos. Os dados coletados em uma penitenciária feminina do Rio Grande do Sul foram analisados através da Análise Crítica do Discurso, que tem como objetivo entender de que forma as produções discursivas refletem relações sociais de poder. A análise nos mostra que a prática desta agente fundamenta-se simultaneamente em ideologias punitivas e ressocializadoras, expressas em sentimentos contraditórios de raiva e carinho em relação às detentas. Os resultados nos apontam para a centralidade de gênero na relação estabelecida entre agentes e presas. Portanto, o fato de ser uma agente mulher cuidando e vigiando outras mulheres dota esta relação cotidiana de uma complexidade ainda maior, que extrapola os limites impostos pela prisão.ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva2014-07-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232014000702245Ciência & Saúde Coletiva v.19 n.7 2014reponame:Ciência & Saúde Coletiva (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1413-81232014197.09892013info:eu-repo/semantics/openAccessBarcinski,MarianaAltenbernd,BibianaCampani,Cristianepor2015-11-24T00:00:00Zoai:scielo:S1413-81232014000702245Revistahttp://www.cienciaesaudecoletiva.com.brhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||cienciasaudecoletiva@fiocruz.br1678-45611413-8123opendoar:2015-11-24T00:00Ciência & Saúde Coletiva (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Entre cuidar e vigiar: ambiguidades e contradições no discurso de uma agente penitenciária |
title |
Entre cuidar e vigiar: ambiguidades e contradições no discurso de uma agente penitenciária |
spellingShingle |
Entre cuidar e vigiar: ambiguidades e contradições no discurso de uma agente penitenciária Barcinski,Mariana Gênero Prisão Agente penitenciária |
title_short |
Entre cuidar e vigiar: ambiguidades e contradições no discurso de uma agente penitenciária |
title_full |
Entre cuidar e vigiar: ambiguidades e contradições no discurso de uma agente penitenciária |
title_fullStr |
Entre cuidar e vigiar: ambiguidades e contradições no discurso de uma agente penitenciária |
title_full_unstemmed |
Entre cuidar e vigiar: ambiguidades e contradições no discurso de uma agente penitenciária |
title_sort |
Entre cuidar e vigiar: ambiguidades e contradições no discurso de uma agente penitenciária |
author |
Barcinski,Mariana |
author_facet |
Barcinski,Mariana Altenbernd,Bibiana Campani,Cristiane |
author_role |
author |
author2 |
Altenbernd,Bibiana Campani,Cristiane |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Barcinski,Mariana Altenbernd,Bibiana Campani,Cristiane |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Gênero Prisão Agente penitenciária |
topic |
Gênero Prisão Agente penitenciária |
description |
O artigo tem como objetivo verificar de que modo o discurso de uma agente penitenciária que trabalha com mulheres encarceradas reflete de formas diversas a contradição inerente à instituição prisão, a saber, sua dupla missão de punir e ressocializar criminosos. Os dados coletados em uma penitenciária feminina do Rio Grande do Sul foram analisados através da Análise Crítica do Discurso, que tem como objetivo entender de que forma as produções discursivas refletem relações sociais de poder. A análise nos mostra que a prática desta agente fundamenta-se simultaneamente em ideologias punitivas e ressocializadoras, expressas em sentimentos contraditórios de raiva e carinho em relação às detentas. Os resultados nos apontam para a centralidade de gênero na relação estabelecida entre agentes e presas. Portanto, o fato de ser uma agente mulher cuidando e vigiando outras mulheres dota esta relação cotidiana de uma complexidade ainda maior, que extrapola os limites impostos pela prisão. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-07-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232014000702245 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232014000702245 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/1413-81232014197.09892013 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva |
publisher.none.fl_str_mv |
ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva |
dc.source.none.fl_str_mv |
Ciência & Saúde Coletiva v.19 n.7 2014 reponame:Ciência & Saúde Coletiva (Online) instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) instacron:ABRASCO |
instname_str |
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) |
instacron_str |
ABRASCO |
institution |
ABRASCO |
reponame_str |
Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
collection |
Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Ciência & Saúde Coletiva (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) |
repository.mail.fl_str_mv |
||cienciasaudecoletiva@fiocruz.br |
_version_ |
1754213035910627328 |