“A pharmácia profissão e a pharmácia indústria”1: conflitos entre médicos e farmacêuticos em Salvador em fins do século XIX
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232022000903451 |
Resumo: | Resumo Neste artigo são apresentados conflitos envolvendo farmacêuticos e médicos, especialmente aqueles ligados à Inspetoria de Higiene, na cidade de Salvador, na última década do século XIX, tema ainda pouco trabalhando pela historiografia. A intenção é discutir como a regulamentação criada ainda no governo imperial para controlar as práticas de cura em geral e o trabalho dos farmacêuticos em particular acabou limitando a atuação desses últimos. Ao considerar injustas as prescrições impostas pelas autoridades sanitárias, por cercearem sua atuação ao mesmo tempo em que favoreciam embusteiros, diversos farmacêuticos lutaram para adquirir autonomia diante do que consideravam autoritarismo dos médicos. Tais conflitos revelam o quanto o estabelecimento da ciência médica como hegemônica no país foi um processo turbulento, mesmo entre os pares de profissões supostamente aliadas. O início da República, contexto permeado por debates e transformações ocorridos com a queda da monarquia, a abolição da escravidão e as dificuldades iniciais para o estabelecimento do poder, foi marcado fortemente pela presença dos médicos, que atuavam junto com militares e juristas para impor uma nova organização social. Essa presença se verificou na forte influência do pensamento racializado que caracterizou as políticas públicas. |
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“A pharmácia profissão e a pharmácia indústria”1: conflitos entre médicos e farmacêuticos em Salvador em fins do século XIXFarmáciaSalvadorBahiaRegulamento sanitárioHigienismoResumo Neste artigo são apresentados conflitos envolvendo farmacêuticos e médicos, especialmente aqueles ligados à Inspetoria de Higiene, na cidade de Salvador, na última década do século XIX, tema ainda pouco trabalhando pela historiografia. A intenção é discutir como a regulamentação criada ainda no governo imperial para controlar as práticas de cura em geral e o trabalho dos farmacêuticos em particular acabou limitando a atuação desses últimos. Ao considerar injustas as prescrições impostas pelas autoridades sanitárias, por cercearem sua atuação ao mesmo tempo em que favoreciam embusteiros, diversos farmacêuticos lutaram para adquirir autonomia diante do que consideravam autoritarismo dos médicos. Tais conflitos revelam o quanto o estabelecimento da ciência médica como hegemônica no país foi um processo turbulento, mesmo entre os pares de profissões supostamente aliadas. O início da República, contexto permeado por debates e transformações ocorridos com a queda da monarquia, a abolição da escravidão e as dificuldades iniciais para o estabelecimento do poder, foi marcado fortemente pela presença dos médicos, que atuavam junto com militares e juristas para impor uma nova organização social. Essa presença se verificou na forte influência do pensamento racializado que caracterizou as políticas públicas.ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva2022-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232022000903451Ciência & Saúde Coletiva v.27 n.9 2022reponame:Ciência & Saúde Coletiva (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1413-81232022279.03112022info:eu-repo/semantics/openAccessSampaio,Gabriela dos Reispor2022-08-11T00:00:00Zoai:scielo:S1413-81232022000903451Revistahttp://www.cienciaesaudecoletiva.com.brhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||cienciasaudecoletiva@fiocruz.br1678-45611413-8123opendoar:2022-08-11T00:00Ciência & Saúde Coletiva (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false |
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