Tecendo as teias do abandono: além das percepções das mães de bebês prematuros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes,Rosangela Torquato
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Lamy,Zeni Carvalho, Morsch,Denise, Lamy Filho,Fernando, Coelho,Laura Fernandes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011001100008
Resumo: O objetivo foi analisar a rede de eventos envolvidos na intenção de abandono de bebês prematuros por suas mães. Pesquisa qualitativa realizada com 12 mães de prematuros internados na UTIN, do HUUMI. As técnicas foram entrevistas semiestruturadas e grupo focal realizados na internação e no ambulatório de seguimento. Amostra definida pelos critérios de saturação, a partir da repetição das falas. Utilizou-se análise de conteúdo na modalidade de análise temática. Resultados evidenciaram as dificuldades em ser mãe de prematuros e diversas formas de abandono em suas histórias de vida: abandono familiar, abandono social, abandono do companheiro que podem ter contribuído para a manifestação da intenção de abandono e/ou negligência materna. O abandono familiar materno foi evidenciado na infância, adolescência, na gravidez e no período de internação do bebê. Destacando-se a percepção do cuidado como obrigação materna, levando à construção do tipo idealizado de que boa mãe é a que cuida e não abandona. Redes de suporte podem empoderá-las facilitando a construção de vínculos e levando ao desejo de não abandonar. Conclui-se que existe uma rede de eventos e fenômenos sociais, familiares e políticos que contribuem para a intenção ou a efetiva realização do abandono. A mãe abandonada pode ser uma mãe abandonante.
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