Horizonte de racionalidade acerca da dependência de drogas nos serviços de saúde: implicações para o tratamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000300011 |
Resumo: | O artigo refere-se à discussão de pesquisa baseada em metodologia de análise de conteúdo, cuja meta é explicitar o horizonte de racionalidade dos serviços de atenção aos usuários de álcool e outras drogas na Região da Grande Florianópolis, objetivando contribuir no estabelecimento de parâmetros qualitativos na avaliação de serviços de saúde. Verificou-se a existência de concepção hegemônica acerca do fenômeno da dependência de drogas e do modo de intervenção no fenômeno, síntese de racionalidades diversas e, algumas vezes, contraditórias entre si. Tal concepção centra seu modelo na noção de doença, na meta da abstinência, no busca do controle sobre a adição, operando dispositivos médico-terapêuticos e morais. Nas raízes desta concepção, encontra-se uma perspectiva subjetivista, moralista e psicopatologizante, constituindo-se em visão ahistórica e pouco crítica da produção social em torno do uso de drogas, pautada numa racionalidade de predomínio metafísico, ainda que mesclado com outras racionalidades como a científica. Discute-se a importância de correlacionar o "horizonte de racionalidade" dos serviços de saúde com a problemática da eficácia e eficiência dos tratamentos na área da dependência de drogas. |
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O artigo refere-se à discussão de pesquisa baseada em metodologia de análise de conteúdo, cuja meta é explicitar o horizonte de racionalidade dos serviços de atenção aos usuários de álcool e outras drogas na Região da Grande Florianópolis, objetivando contribuir no estabelecimento de parâmetros qualitativos na avaliação de serviços de saúde. Verificou-se a existência de concepção hegemônica acerca do fenômeno da dependência de drogas e do modo de intervenção no fenômeno, síntese de racionalidades diversas e, algumas vezes, contraditórias entre si. Tal concepção centra seu modelo na noção de doença, na meta da abstinência, no busca do controle sobre a adição, operando dispositivos médico-terapêuticos e morais. Nas raízes desta concepção, encontra-se uma perspectiva subjetivista, moralista e psicopatologizante, constituindo-se em visão ahistórica e pouco crítica da produção social em torno do uso de drogas, pautada numa racionalidade de predomínio metafísico, ainda que mesclado com outras racionalidades como a científica. Discute-se a importância de correlacionar o "horizonte de racionalidade" dos serviços de saúde com a problemática da eficácia e eficiência dos tratamentos na área da dependência de drogas. |
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