Burnout entre médicos da Saúde da Família: os desafios da transformação do trabalho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Feliciano,Katia Virginia de Oliveira
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Kovacs,Maria Helena, Sarinho,Sílvia Wanick
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000900004
Resumo: Compreender como os conflitos com a instituição e desacordos quanto às atribuições de membros da equipe, são apreendidos e reconstruídos pelos médicos da Saúde da Família, sob a perspectiva do "burnout". Métodos: Pesquisa qualitativa desenvolvida no Recife, entre agosto de 2005 e novembro de 2006, com 24 médicos. Foram selecionadas quatro equipes a partir de avaliação da gerência (acesso geográfico, conflitos na equipe, entre equipe e Distrito, entre equipe e comunidade e violência pública na área), em cada um dos seis Distritos Sanitários. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas. Resultados: Os médicos revelam enorme discrepância entre expectativas e realidade do trabalho. Rejeitam a priorização institucional da consulta e cobrança de produtividade. Sofrem diante do que consideram à perda da identidade profissional: atribuições da enfermeira questionam o núcleo histórico da sua prática -o diagnóstico e o tratamento da doença. Sobretudo entre aqueles com maiores expectativas na conversão do modelo, existe descrédito quanto às mudanças e há o desejo de desistir. Observa-se amplo conjunto de elementos que favorecem o desenvolvimento simultâneo de esgotamento e ineficácia profissional, e que provocam atitudes negativas, reforçando a necessidade da promoção da saúde no trabalho.
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