Violência institucional e humanização em saúde: apontamentos para o debate

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azeredo,Yuri Nishijima
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Schraiber,Lilia Blima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232017002903013
Resumo: Resumo O presente trabalho parte das políticas de humanização e seu debate acadêmico para refletir sobre a violência institucional na saúde. Tendo por base pesquisa sobre as publicações científicas na Saúde Coletiva, constata-se que nesse debate a violência que se identifica nas relações entre profissionais e usuários, núcleo das indagações na temática da humanização, é concebida como um excessivo poder no uso da autoridade profissional, sendo esta pouco discutida. Apresentando as reflexões de Hannah Arendt como um novo aporte teórico acerca dos conceitos de ‘autoridade’, ‘poder’ e ‘violência’, objetiva-se distinguir e repensar esses fenômenos. Conjugando essas reflexões com a história da institucionalização da saúde no Brasil, em especial as mudanças no trabalho médico durante o século XX, concluímos que o problema da violência institucional na saúde não se fundamenta em um excesso de autoridade e poder dos profissionais, mas no seu contrário: quando a autoridade profissional se esvazia e as relações entre os homens não se dão através das relações de poder é que está aberto o espaço para o fenômeno da violência.
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