Aids, drogas, riscos e significados: uma construção sociocultural

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paulilo,Maria Angela Silveira
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Jeolás,Leila Sollberger
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232005000100024
Resumo: O artigo analisa discursos sobre o risco do HIV/Aids e das drogas, extraídos de duas pesquisas qualitativas desenvolvidas entre jovens de escolas públicas e jovens participantes em programas e serviços sociais públicos. Os dados provieram de grupos focais, oficina e resposta escrita a uma questão aberta; e questionário com questões fechadas e abertas. O texto se baseia em dois eixos de análise presentes no caso da aids e das drogas. O primeiro se relaciona à projeção do risco para um território distante estabelecido pela figura do "outro". O segundo se refere à busca do prazer trazido pelo sexo e pelas drogas, prazer constituído pela sensação de vertigem, de êxtase, de perda dos sentidos, componente oposto à racionalidade esperada pelo discurso preventivo. A compreensão sociocultural do risco nos levou a considerar que, embora cientes do discurso preventivo relacionado aos efeitos negativos das drogas e do HIV/Aids, os jovens o incorporam de forma particular, na qual aparecem inconsistências, ambivalências e ambigüidades. Concluímos que a linguagem do risco para os jovens é diferente daquela presente na área da saúde. Os riscos são concebidos e controlados em meio a diferenças culturais e não reduzidos à probabilidade de ocorrência de um evento negativo, como tratado pela linguagem racional moderna.
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