Endemias rurais, saúde e desenvolvimento: Emmanuel Dias e a construção de uma rede de aliados contra a doença de Chagas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232016001103621 |
Resumo: | Resumo O objetivo deste artigo é analisar a atuação de Emmanuel Dias (1908-1962), pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e diretor do Centro de Estudos e Profilaxia da Moléstia de Chagas (posto do IOC criado em 1943 na cidade de Bambuí, Minas Gerais), como ator decisivo no processo de reconhecimento da doença de Chagas como problema de saúde pública no Brasil e no continente americano. Busca-se evidenciar que a conquista deste reconhecimento, que teve como marco fundamental a realização da primeira campanha de combate à enfermidade no Brasil em 1950, foi viabilizada pela intensa mobilização política de Dias junto a diversos grupos sociais, como médicos, políticos e moradores das áreas rurais, profissionais dos serviços públicos de saúde, governos e associações internacionais. Tal mobilização, ao longo das décadas de 1940 e 1950, num contexto histórico marcado por intensos debates sobre as relações entre saúde e desenvolvimento, levou à construção de uma rede de apoios decisiva para que a doença, caracterizada como cardiopatia crônica a ameaçar a produtividade do trabalhador rural, fosse considerada um problema médico-social a merecer ações e programas de saúde pública voltados para seu controle. |
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