Prática do abortamento entre adolescentes: um estudo em dez escolas de Maceió (AL, Brasil)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia,Divanise Suruagy
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Cavalcante,Jairo Calado, Egito,Eryvaldo Sócrates Tabosa do, Maia,Eulália Maria Chaves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000500016
Resumo: Trata-se de um estudo de corte transversal, realizado com o objetivo de investigar as razões que levaram adolescentes a provocarem o aborto, relacionando com idade e tipo de escola que frequentavam. A amostra foi calculada considerando o número de internações para curetagem pós-abortamento. Usou-se como instrumento um questionário semiestruturado, anônimo, aplicado em dez escolas, sorteadas dentre todas da cidade de Maceió (Alagoas), pesquisando-se adolescentes dos 12 aos 19 anos, do sexo feminino. Os dados foram analisados pelo Programa Epi Info, usando-se odds ratio e risco relativo para verificar associação entre variáveis e intervalo de confiança a 95%. Em uma amostra de 2.592 jovens, 559 (21,6%) tinham vida sexual ativa, 182 (7,0%) referiram ter engravidado e 149 (26,7%) abortado. Medo da reação dos pais, idade, falta de apoio do companheiro e rejeição da gravidez foram razões para provocar o aborto, sendo medo a mais citada, em ambos os tipos de escola. O aborto foi mais citado nas escolas públicas, sendo significativo e protetor o risco para abortar antes dos 15 anos, e significativa a relação entre abortar e estudar em escolas públicas. O medo da reação dos pais como razão mais frequente sugere a necessidade de novos estudos sobre sexualidade e comunicação entre pais e filhos.
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