Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira,Cleiciara Lúcia Silva
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Côrtes,Maria Conceição J. Werneck, Gontijo,Eliane Dias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232019001103997
Resumo: Resumo A violência praticada contra crianças é tema complexo e polissêmico. Estudo de coorte retrospectiva buscou caracterizar o perfil das crianças vítimas de violência doméstica e de seus agressores e avaliar a eficácia das intervenções judiciais. Analisou-se 98 processos da Vara da Infância e Juventude, envolvendo 179 crianças e 121 agressores. Negligência/abandono e violência física foram as violações mais frequentes. Revelou-se a mãe como principal agressora; renda mensal de até um salário mínimo e história de uso de álcool mostraram-se associados à violência. Encontrou-se 71% das vítimas matriculadas em instituições de ensino. Em 25% a gravidade da situação determinou o afastamento da família. Um terço das crianças foram incluídas em programas de apoio, orientação e acompanhamento à família. A intervenção judicial garantiu 93% de interrupção da violência em até dois anos, tempo ainda longo, pelo risco da criança ser revitimizada. Ações efetivas pressupõem o envolvimento da família, da sociedade, das instituições escolares e de saúde. A garantia de direitos tem na execução das políticas públicas, e não na judicialização, o lócus privilegiado de efetivação.
id ABRASCO-2_ecf558046c4a710c63a0f4097e7e221f
oai_identifier_str oai:scielo:S1413-81232019001103997
network_acronym_str ABRASCO-2
network_name_str Ciência & Saúde Coletiva (Online)
repository_id_str
spelling Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantisViolência infantilMaus-Tratos InfantisJudicializaçãoDireitos da criançaEstudo de CoorteResumo A violência praticada contra crianças é tema complexo e polissêmico. Estudo de coorte retrospectiva buscou caracterizar o perfil das crianças vítimas de violência doméstica e de seus agressores e avaliar a eficácia das intervenções judiciais. Analisou-se 98 processos da Vara da Infância e Juventude, envolvendo 179 crianças e 121 agressores. Negligência/abandono e violência física foram as violações mais frequentes. Revelou-se a mãe como principal agressora; renda mensal de até um salário mínimo e história de uso de álcool mostraram-se associados à violência. Encontrou-se 71% das vítimas matriculadas em instituições de ensino. Em 25% a gravidade da situação determinou o afastamento da família. Um terço das crianças foram incluídas em programas de apoio, orientação e acompanhamento à família. A intervenção judicial garantiu 93% de interrupção da violência em até dois anos, tempo ainda longo, pelo risco da criança ser revitimizada. Ações efetivas pressupõem o envolvimento da família, da sociedade, das instituições escolares e de saúde. A garantia de direitos tem na execução das políticas públicas, e não na judicialização, o lócus privilegiado de efetivação.ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva2019-11-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232019001103997Ciência & Saúde Coletiva v.24 n.11 2019reponame:Ciência & Saúde Coletiva (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1413-812320182411.04352018info:eu-repo/semantics/openAccessFerreira,Cleiciara Lúcia SilvaCôrtes,Maria Conceição J. WerneckGontijo,Eliane Diaspor2019-10-23T00:00:00Zoai:scielo:S1413-81232019001103997Revistahttp://www.cienciaesaudecoletiva.com.brhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||cienciasaudecoletiva@fiocruz.br1678-45611413-8123opendoar:2019-10-23T00:00Ciência & Saúde Coletiva (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false
dc.title.none.fl_str_mv Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantis
title Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantis
spellingShingle Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantis
Ferreira,Cleiciara Lúcia Silva
Violência infantil
Maus-Tratos Infantis
Judicialização
Direitos da criança
Estudo de Coorte
title_short Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantis
title_full Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantis
title_fullStr Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantis
title_full_unstemmed Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantis
title_sort Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantis
author Ferreira,Cleiciara Lúcia Silva
author_facet Ferreira,Cleiciara Lúcia Silva
Côrtes,Maria Conceição J. Werneck
Gontijo,Eliane Dias
author_role author
author2 Côrtes,Maria Conceição J. Werneck
Gontijo,Eliane Dias
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ferreira,Cleiciara Lúcia Silva
Côrtes,Maria Conceição J. Werneck
Gontijo,Eliane Dias
dc.subject.por.fl_str_mv Violência infantil
Maus-Tratos Infantis
Judicialização
Direitos da criança
Estudo de Coorte
topic Violência infantil
Maus-Tratos Infantis
Judicialização
Direitos da criança
Estudo de Coorte
description Resumo A violência praticada contra crianças é tema complexo e polissêmico. Estudo de coorte retrospectiva buscou caracterizar o perfil das crianças vítimas de violência doméstica e de seus agressores e avaliar a eficácia das intervenções judiciais. Analisou-se 98 processos da Vara da Infância e Juventude, envolvendo 179 crianças e 121 agressores. Negligência/abandono e violência física foram as violações mais frequentes. Revelou-se a mãe como principal agressora; renda mensal de até um salário mínimo e história de uso de álcool mostraram-se associados à violência. Encontrou-se 71% das vítimas matriculadas em instituições de ensino. Em 25% a gravidade da situação determinou o afastamento da família. Um terço das crianças foram incluídas em programas de apoio, orientação e acompanhamento à família. A intervenção judicial garantiu 93% de interrupção da violência em até dois anos, tempo ainda longo, pelo risco da criança ser revitimizada. Ações efetivas pressupõem o envolvimento da família, da sociedade, das instituições escolares e de saúde. A garantia de direitos tem na execução das políticas públicas, e não na judicialização, o lócus privilegiado de efetivação.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-11-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232019001103997
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232019001103997
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/1413-812320182411.04352018
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
publisher.none.fl_str_mv ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
dc.source.none.fl_str_mv Ciência & Saúde Coletiva v.24 n.11 2019
reponame:Ciência & Saúde Coletiva (Online)
instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron:ABRASCO
instname_str Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron_str ABRASCO
institution ABRASCO
reponame_str Ciência & Saúde Coletiva (Online)
collection Ciência & Saúde Coletiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Ciência & Saúde Coletiva (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
repository.mail.fl_str_mv ||cienciasaudecoletiva@fiocruz.br
_version_ 1754213044483784704